Rio de Janeiro, 23 de Dezembro de 2024

Dólar tem alta de mais de 1% e supera R$3,80

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Quarta, 16 de Março de 2016 às 09:01, por: CdB

O dólar acumulou alta de 4,79% nas duas sessões anteriores, sendo que havia despencado 10,30% neste mês até o fim da semana passada

Por Redação, com Reuters - de Brasília:
O dólar avançava mais de 1% e voltava a ser negociado acima de R$ 3,80 nesta quarta-feira, reagindo a temores de que o governo possa promover mudanças na política econômica, turbinados por notícia publicada pelo Valor Econômico de que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deve deixar o cargo. Às 10:32, o dólar avançava 1,29%, a R$ 3,8116 na venda, após chegar a subir mais de 2% e atingir R$ 3,8383 na máxima do dia. O dólar acumulou alta de 4,79% nas duas sessões anteriores, sendo que havia despencado 10,30% neste mês até o fim da semana passada. - Seria uma volta à nova matriz econômica - disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. - Isso é muito ruim para o Brasil - completa.
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Às 10:32, o dólar avançava 1,29%, a R$ 3,8116 reai na venda, após chegar a subir mais de 2%
Essas expectativas de mudanças ganharam força nas últimas sessões conforme cresceram as chances de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assuma um ministério, algo que investidores também acreditam que diminuiria as chances do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dilma estava reunida nesta manhã com Lula e os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Jaques Wagner, em meio a incertezas se Lula assumirá ou não um ministério. A apreensão ganhou ainda mais ímpeto nesta sessão após o jornal Valor Econômico publicar em seu site que Tombini estaria dando sinais de que poderia renunciar. Segundo a matéria, a eventual confirmação de Lula aponta para mudanças "profundas" na política econômica, "com repercussões na área monetária e cambial". Analistas consultados pela agência de notícias Reuters afirmam que seria infrutífero usar as reservas internacionais para enfrentar a crise econômica no Brasil, como sinalizado pelo governo recentemente. Segundo eles, isso aumentaria o descrédito com o país e teria consequências inflacionárias. O cenário local deixou em segundo plano a decisão do Federal Reserve, que será divulgada às 15:00 (horário de Brasília) e seguida de entrevista da chair, Janet Yellen, meia hora mais tarde. Operadores esperam que o banco central norte-americano mantenha os juros agora, mas querem ver pistas sobre quando pretende voltar a elevá-los. Estrategistas do banco BNP Paribas sugeriram a clientes que realizem lucro em apostas na fraqueza do real em relação ao peso mexicano, operação que rendeu ganhos expressivos neste mês. "O mercado está muito volátil e guiado pelo noticiário. Não descartamos mudanças súbitas de direção (do câmbio) no caso de novos acontecimentos - algo que não é difícil de encontrar no Brasil hoje em dia", escreveram eles em nota a clientes. Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a US$ 10,092 bilhões, com oferta de até 9,6 mil contratos.
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