CPI da Petrobras ouve presidente do BNDES nesta semana

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Publicado Segunda, 13 de Abril de 2015 às 08:34, por: CdB
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presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, vai falar sobre o financiamento
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras realiza duas audiências públicas nesta semana, na terça e na quinta-feira, para ouvir os depoimentos, respectivamente, do presidente da Setal Engenharia e Executivo da Toyo Setal Empreendimentos Ltda., Augusto Mendonça Neto, e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Mendonça Neto disse, em acordo de delação premiada dentro das investigações da Operação Lava Jato, que pagou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque entre 2008 e 2001. Ele foi convocado atendendo a requerimentos dos deputados Efraim Filho (DEM-PB), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Ivan Valente (Psol-SP) e Valmir Prascidelli (PT/SP). A audiência está marcada para as 9h30 desta terça, mas o local ainda não foi definido. Já Luciano Coutinho, chamado a depor às 9h30 de quinta, deve falar sobre o financiamento, pelo BNDES, da criação da empresa Setebrasil, formada para construir sondas de perfuração do pré-sal. A empresa subcontratou estaleiros que teriam efetuado o pagamento de propinas a diretores da Petrobras e ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de acordo com o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco e com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Outro assunto da audiência com Coutinho é a sua participação no Comitê de Auditoria da Petrobras, em substituição a um representante dos acionistas minoritários da estatal, o que comprometeria a independência do colegiado. O depoimento do presidente do BNDES foi requisitado pelos deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Bruno Covas (PSDB-SP), Izalci (PSDB-DF), Otávio Leite (PSDB-RJ), Efraim Filho (DEM-PB), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e André Moura (PSC-SE). O local dessa audiência também não foi definido. Outros depoimentos No dia 31 de março, o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti disse, na manhã desta terça-feira, à CPI da Petrobras, que antes que fossem tornadas públicas as acusações relativas à Operação Lava Jato, nunca soube de irregularidades praticadas pelos ex-diretores da estatal Renato Duque e Paulo Roberto Costa ou pelo ex-gerente de serviços Pedro Barusco. Barusco e Costa são delatores do esquema de desvio de recursos da estatal perante a Justiça Federal e admitiram, em diversos depoimentos, ter recebido propina de empresas contratadas pela Petrobras. Renato Duque é acusado por eles de fazer o mesmo, mas ele nega qualquer envolvimento. Legatti responde a perguntas do relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). O ex-gerente de Abreu e Lima também disse que não conhece e nunca viu o doleiro Alberto Youssef, outro delator do esquema e acusado pelo Ministério Público de atuar como operador financeiro do esquema. A Refinaria Abreu e Lima começou a operar no fim do ano passado em Pernambuco. Com projeto inicial orçado em US$ 2,5 bilhões, a construção da refinaria acabou custando cerca de US$ 18 bilhões. Superfaturamento Legatti afirmou que não houve superfaturamento na obra, prevista inicialmente para custar US$ 2,4 bilhões, estimativa alterada depois para US$ 13 bilhões e que acabou totalizando US4 18 bilhões. – Não houve superfaturamento. Tudo o que foi contratado foi executado – disse.
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