Condutores de vans escolares protestam em São Paulo
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Quarta, 01 de Julho de 2015 às 07:56, por: CdB
Condutores de vans escolares fizeram nesta quarta-feira uma carreata por São Paulo para protestar contra a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que exige o uso de cadeirinhas para crianças de até 7 anos e meio em transporte escolar. As carreatas partiram de vários pontos da cidade com destino à Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as vans chegaram a congestionar o trânsito na Radial Leste (Zona Leste), nas avenidas Interlagos (Zona Sul) e Paulista (Centro). Por volta das 9h, cerca de 5 mil vans, de acordo com as lideranças do protesto, estacionaram nas proximidades do Pacaembu.
Jorge Formiga, um dos líderes da Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo (Artesul), disse que não existem casos registrados de acidentes em vans escolares. Ele defende que os veículos atuais já são seguros para o transporte das crianças. “Nossos carros são transformados para transportar crianças. Nossos bancos são menores, o que permite a acomodação apropriada dos menores.”
Caso a obrigatoriedade da cadeirinha passe a valer, explica Formiga, o aumento de custo terá de ser repassado aos pais. “A cadeirinha vai reduzir por volta de 40% da capacidade de transporte, o que diminui o número de crianças em cada van. Esta medida contribuirá para subir o valor da mensalidade.”
A resolução do Contran foi publicada no último dia 17 deste mês e entra em vigor no início de 2016. A decisão não se aplica ao transporte coletivo, de aluguel, transporte autônomo de passageiro, como táxis, e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 toneladas. Para veículos de passeio, a regra vale desde 2010.
Alguns pais, como o motorista Edson de Souza Lima, de 35 anos, que tem um filho de 7 anos, aprovaram a decisão. “Eu apoio a medida, pois vai trazer mais segurança para as crianças. Como são várias crianças dentro da perua, vai ser uma segurança a mais, pois elas ficarão sentadinhas na cadeira.”
A equipe de reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o Contran, que ainda não se manifestou.