Carf: Mauro Marcondes fica em silêncio

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Publicado Terça, 17 de Maio de 2016 às 09:28, por: CdB

 

Por motivo de saúde, a esposa de Marcondes, Cristina Mautoni, não compareceu à audiência da CPI do Carf

Por Redação, com ABr - de Brasília:
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga esquema de venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) tinha a previsão de ouvir, nesta terça-feira, o casal de advogados Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni Marcondes, sócios da Marcondes e Mautoni (M&M). Dos dois suspeitos de envolvimento no esquema de venda de medidas provisórias, apenas Mauro compareceu à audiência pública, mas respaldado por habeas corpus. Logo no início da sessão, Mauro Marcondes disse que, por orientação de seu advogado, se manteria em silêncio.
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A CPI investiga esquema de venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)
Por motivo de saúde, sua esposa, Cristina Mautoni, não compareceu à audiência da CPI do Carf. Ao ser informado da ausência da advogada, o presidente da sessão, Pedro Fernandes (PTB-MA), remarcou o depoimento para o dia 2 de junho, “sem possibilidade de prorrogação”. Há suspeitas de que a empresa LFT Marketing Esportivo, do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio Lula da Silva, teria sido beneficiada a partir da prestação de serviços para a Marcondes & Maltone, acusada de atuar ilegalmente em favor da aprovação da reedição da Medida Provisória 471/2009. A MP 471 prorrogou incentivos fiscais concedidos em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a indústrias dos setores automobilístico e de autopeças. A Polícia Federal investiga a ocorrência de ilegalidades em meio a lobbies que, supostamente, foram feitos visando à reedição do texto.

CPI do Carf sem respostas

No último dia 10, após pouco mais de uma hora de reunião, integrantes da CPI do Carf encerraram os depoimentos sem respostas. Munidos de habeas corpus, o ex-servidor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite e o advogado e ex-servidor da Receita Jeferson Ribeiro Salazar apenas se declararam inocentes e se recusaram a responder perguntas dos parlamentares. Os dois depoentes foram convocados para falar sobre a intermediação em pagamento a conselheiros e ex-conselheiros do Carf em troca de sentenças favoráveis aos bancos Safra, Bradesco e Santander. A suspeita de envolvimento dos dois no esquema foi denunciada pelo Ministério Público. De acordo com a Polícia Federal, que conduz a Operação Zelotes, empresas devedoras usaram escritórios de advocacia para aliciar conselheiros e evitar o pagamento de multas. O esquema teria gerado prejuízos de quase R$ 20 bilhões aos cofres públicos. No último dia 10, após pouco mais de uma hora de reunião, integrantes da comissão parlamentar de inquérito (CPI) encerraram os depoimentos sem respostas. Munidos de habeas corpus, o ex-servidor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite e o advogado e ex-servidor da Receita Jeferson Ribeiro Salazar apenas se declararam inocentes e se recusaram a responder perguntas dos parlamentares. Os dois depoentes foram convocados para falar sobre a intermediação em pagamento a conselheiros e ex-conselheiros do Carf em troca de sentenças favoráveis aos bancos Safra, Bradesco e Santander. A suspeita de envolvimento dos dois no esquema foi denunciada pelo Ministério Público. De acordo com a Polícia Federal, que conduz a Operação Zelotes, empresas devedoras usaram escritórios de advocacia para aliciar conselheiros e evitar o pagamento de multas. O esquema teria gerado prejuízos de quase R$ 20 bilhões aos cofres públicos.
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