Atividade industrial piora nos países emergentes, segundo pesquisa

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Publicado Segunda, 10 de Fevereiro de 2014 às 12:03, por: CdB
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Os empresários da indústria de transformação no país recuperam o ânimo com a possibilidade de ampliar as atividades no setor
A atividade empresarial nos mercados emergentes cresceu em janeiro no ritmo mais lento em quatro meses, pressionada pela fraqueza do setor de serviços nos países do Brics, mostrou pesquisa nesta segunda-feira. Pesquisa do Índice de Gerentes de Compras Composto (PMI, na sigla em inglês) do HSBC para indústria e serviços de mercados emergentes apontaram queda pelo segundo mês seguido, para uma leitura de 51,4 em janeiro. Ela permaneceu abaixo da média de 2013 de 51,7 e bem abaixo dos 64,1 registrados em janeiro passado. Mas o índice mensal permaneceu acima da marca de 50 que separa expansão de contração. Com base em dados de gerentes de compras de cerca de 8 mil empresas em 17 países, a pesquisa mostrou sinais de retomada da indústria e da exportação em alguns países, mas a produção fabril da China caiu abaixo da marca de 50, o crescimento da indústria do Brasil desacelerou e a produção recuou na Rússia e na Indonésia. O crescimento foi mais forte na Índia, Polônia, Taiwan e México. A atividade de serviços em janeiro nos maiores mercados emergentes atingiu mínima de seis meses. Índia e Brasil registraram recuos, enquanto as taxas de crescimento na China e na Rússia foram fracas, mostrou o HSBC. O diretor global do HSBC para pesquisa de mercados emergentes, Pablo Goldberg, disse que os dados mostram uma clara divergência no padrão de recuperação. – Entre os vencedores, temos países em uma clara recuperação cíclica que está sendo impulsionada pela melhora nos mercados desenvolvidos: México, Polônia e Repúbilica Tcheca. Em contraste, os PMIs desaceleraram na Túrquia, Brasil, Rússia e Indonésia. Esses estão entre os países onde a deterioração do equilíbrio externo impediu afrouxamento monetário ou forçou aperto – disse Goldberg. Perspectivas No Brasil, porém, o volume de vendas de papelão ondulado cresceu 1,83% em janeiro, sobre igual mês de 2013, informou a associação que representa o setor, a ABPO, em dados preliminares divulgados nesta segunda-feira. No mês passado, as vendas totalizaram 278.259 toneladas, ante 273.261 em igual período do ano passado. Na comparação com dezembro, houve aumento de 6,83% nas vendas de papelão ondulado, que sinalizam para um maior aumento na produção industrial do país. Na zona do euro, a confiança da zona do euro também melhorou inesperadamente em fevereiro, atingindo o nível mais alto desde abril de 2011, uma vez que investidores tornaram-se mais otimistas sobre as condições no bloco, que está gradualmente se recuperando da recessão. O grupo de pesquisa Sentix informou que seu índice que acompanha o sentimento na zona do euro subiu para 13,3 em fevereiro ante 11,9 em janeiro. Isso superou a expectativa em pesquisa da Reuters de queda para 10,7. – A zona do euro é a vencedora deste mês! Os investidores estão percebendo uma melhora no bloco de moeda única em fevereiro – disse Sebastian Wanke, analista sênior do Sentix. Mas ele acrescentou que a deflação continua sendo um fator de perigo para a zona do euro nos olhos dos investidores, que se tornaram consideravelmente mais preocupados com isso em fevereiro. A inflação anual na zona do euro desacelerou em janeiro para 0,7% ante 0,8% no mês anterior, bem aquém da meta do Banco Central Europeu de pouco abaixo de 2%.
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