A luta vem cobrando seu preço em mortos e feridos dos soldados, das forças especiais e das unidades policiais do Iraque
Por Redação, com Reuters - de Mossul:
Em um hospital de campanha perto da linha de frente da cidade de Mossul, um policial federal do Iraque jaz desconfortável em uma maca, com soro em um braço e curativos no peito devido aos estilhaços de um morteiro que perfuraram seu esterno.
A explosão que feriu Jaafar Kareem, de 23 anos, e dois colegas. Aconteceu em uma área onde avanços rápidos contra o Estado Islâmico realizados no começo desta semana. Desaceleraram devido aos disparos de morteiros e à ação de atiradores de elite contras os soldados iraquianos.
Ao menos 10 projéteis caíram no local naquela manhã antes de atingirem seu alvo, segundo Kareem.
– Muitos caras ficaram feridos na mesma área hoje – disse, virando a cabeça cuidadosamente para ver um militar em uma maca próxima ser tratado de um ferimento na perna.
Na quinta-feira a clínica improvisada em uma casa abandonada. Administrada por voluntários norte-americanos e médicos militares do Iraque. Tratou vários membros das forças de segurança nacional levados às pressas da linha de batalha em ambulâncias ou veículos blindados.
– Já recebemos cerca de 20 pessoas para tratamento (na quinta-feira). Cerca de 70% civis. Mas até hoje tem havido mais (baixas) militares – disse Kathy Bequary, diretora do NYC Medics, a organização a cargo da clínica.
As baixas que sua equipe vêm testemunhando ultimamente vão de ferimentos superficiais a pacientes mortos ao chegar. Inclusive um soldado com oito buracos de bala no torso, disse.
À medida que as forças iraquianas se embrenham mais a oeste de Mossul para combater militantes do Estado Islâmico. Mais resistência encontram, já que os jihadistas estão recorrendo a morteiros e franco-atiradores. Para tentar conter a ofensiva apoiada pelos Estados Unidos, que tenta expulsá-los de seu último grande bastião no país.
Luta
A luta vem cobrando seu preço em mortos e feridos dos soldados, das forças especiais e das unidades policiais do Iraque. Os militares não divulgaram o número de suas próprias baixas.
As táticas do Estado Islâmico, que incluem se abrigar entre a população civil. Também têm freado o progresso em certas áreas à medida que os combates se aproximam do centro mais povoado da cidade.
A área onde Kareem e seus colegas foram atingidos não fica a mais do que algumas centenas de metros da linha de frente, onde as forças iraquianas de fato ganharam terreno. Uma rua ampla e importante que leva ao edifício do governorado estava sob controle da Polícia Federal na quinta-feira, disse um correspondente da Reuters que visitava uma unidade de elite do Ministério do Interior.