Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2024

PF faz operação contra golpistas que se passavam por delegados em São Paulo

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Quarta, 28 de Novembro de 2018 às 10:19, por: CdB

Os documentos falsos tinham o brasão da República e eram usados no pedido de contribuições financeiras que chegavam a movimentar R$ 2 milhões.

Por Redação, com ABr - de  São Paulo

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a terceira fase da operação Impostura, que combate criminosos que se passavam por autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. São cumpridos, na capital paulista, cinco mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão.
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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a terceira fase da operação Impostura
A partir dos mandados expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foi desarticulada quadrilha especializada na falsificação de documentos voltados à obtenção de vantagens indevidas. Os criminosos fingiam ser delegados federais e procuradores da República. Os documentos falsos tinham o brasão da República e eram usados no pedido de contribuições financeiras que chegavam a movimentar R$ 2 milhões. Os presos são temporariamente recolhidos para as unidades da Polícia Federal. As penas previstas, em caso de condenação, poderão alcançar de cinco a 15 anos.

Sonegação e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira segunda fase da Operação Descarte para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em São Paulo. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em endereços na capital paulista e São Carlos, no interior. A investigação é um desdobramento da ação realizada em março quando foram identificadas diversas empresas de fachada que simulavam venda de produtos e serviços para lavar dinheiro. Os recursos eram distribuídos por contas no Brasil e no exterior ou sacado em espécie. Segundo a PF, há indícios que o esquema era uma forma tanto de escapar de impostos como de pagar propina a agentes públicos. A polícia chegou ao esquema após a fiscalização de duas empresas que fizeram transações com os doleiros Alberto Youssef e Leonardo Meireles, investigados na Operação Lava Jato. De acordo com o inquérito, um escritório de advocacia continuava controlando as empresas de fachada e mantendo as fraudes, mesmo depois da deflagração da primeira fase da operação. A Receita Federal já identificou a sonegação de R$ 80 milhões pelas fraudes. Segundo a PF, a Justiça atendeu o pedido para bloquear R$ 12 milhões dos investigados. Entre os suspeitos está um servidor público. As investigações apontam que ele teria usado o esquema para lavar dinheiro de corrupção, recebido por facilitar a sonegação de impostos.
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