A decisão, disse a estatal, está “alinhada aos direcionadores estratégicos vigentes, que consideram a atuação da Petrobras em negócios de baixo carbono, diversificando o portfólio de forma rentável e promovendo a perenização da companhia”.
Por Redação – do Rio de Janeiro
A estatal brasileira do petróleo, Petrobras, encerrou nesta quinta-feira as negociações em curso no processo de venda de sua subsidiária de biocombustíveis, iniciado no governo Jair Bolsonaro (PL). Em uma decisão tomada na véspera, a companhia passa agora a buscar parceiros para potencializar sua atuação no setor.
A decisão, disse a estatal, está “alinhada aos direcionadores estratégicos vigentes, que consideram a atuação da Petrobras em negócios de baixo carbono, diversificando o portfólio de forma rentável e promovendo a perenização da companhia”.
A Petrobras Biocombustível (PBio) foi fundada em 2008 e tem hoje três usinas de biodiesel: duas operacionais situadas em Candeias (BA) e em Montes Claros (MG) e uma em Quixadá (CE), que está hibernada.
A empresa registrou prejuízos nos três últimos anos, com perda acumulada de cerca de R$ 530 milhões, atribuída à queda na demanda por biodiesel. Em 2024, no entanto, fechou o primeiro semestre com lucro de R$ 32,7 milhões, com impactos da antecipação do cronograma de mistura obrigatória do biocombustível ao diesel de petróleo.
Agronegócio
O recuo no processo de venda já havia sido decidido pela gestão Jean Paul Prates, que assumiu o comando da estatal após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a missão de reverter a estratégia bolsonarista de priorizar a produção de petróleo.
A atuação é biocombustíveis é um dos focos da estratégia de baixo carbono da Petrobras, que travou com o agronegócio uma disputa para incluir seu diesel renovável entre os beneficiários de programas de incentivos a biocombustíveis no país.