A diretoria da estatal deve propor ao conselho ainda um aumento de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões) ao limite de endividamento da companhia, hoje em US$ 65 bilhões (R$ 370 bilhões), alegando que precisa de maior flexibilidade.
Redação – do Rio de Janeiro
O primeiro plano de investimentos da Petrobras sob a gestão Magda Chambriard amplia o investimento em produção e refino de petróleo e reduz o apetite por energias renováveis, seguindo a máxima de que “toda gota de petróleo conta”, já adiantada pela direção da estatal.
A diretoria da estatal deve propor ao conselho ainda um aumento de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões) ao limite de endividamento da companhia, hoje em US$ 65 bilhões (R$ 370 bilhões), alegando que precisa de maior flexibilidade.
A versão final do plano para o período entre 2025 e 2029 será debatida pelo conselho de administração da companhia na próxima quinta-feira, mas a reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo teve acesso a conceitos e números de versão preliminar já discutida dentro da companhia.
Dividendos
O mercado de energia aguarda com expectativa a sinalização da capacidade da empresa para distribuir tanto os dividendos extraordinários retidos no início do ano quanto a remuneração pelo lucro dos próximos anos.
Essa versão propõe de US$ 111 bilhões (R$ 640 bilhões), contra US$ 102 bilhões (R$ 580 bilhões) da anterior, e mantém a previsão de distribuição de ao menos US$ 45 bilhões (R$ 256 bilhões) em dividendos ordinários e de até US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) em dividendos extraordinários.
A área de exploração e produção teria um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), com US$ 7,9 bilhões (R$ 45 bilhões) destinados à busca por novas reservas em bacias do Sudeste, na bacia de Pelotas; nas bacias da margem equatorial brasileira e em projetos na África. A expectativa é repor reservas com a produção média de 3,2 milhões de barris de petróleo e gás por dia, na próxima década.