Arraial do Cabo
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva Núcleo Cabo Frio, obteve na Justiça decisão liminar, a partir de ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa, que determina a indisponibilidade de um imenso terreno no município de Arraial do Cabo, cuja determinada área é de propriedade do atual prefeito, Wanderson Cardoso de Brito. De acordo com a ação civil pública (ACP), as terras haviam sido desapropriadas por seu antecessor em 2008, pois seriam destinadas a implantação de cemitério, parque municipal, horto florestal e zona universitária, prevista no Plano Diretor do Município de Arraial do Cabo aprovado em, 2007. Mas, assim que assumiu, em 2010, Wanderson desistiu do processo “por conveniência e oportunidade”. Cerca de um ano depois, adquiriu parte do imóvel por um preço irrisório. Em 2013, por meio de um decreto, ainda inaugurou outro processo de desapropriação e definiu que a nova entrada da cidade seria feita por sua propriedade. Ainda segundo a ACP, o ex-presidente da Câmara de Vereados de Arraial do Cabo, o ex-vereador Almir Teixeira, agiu como intermediário entre os poderes político e o econômico, pois através de sua amizade com o prefeito e sua influência na aprovação do Plano Diretor da cidade, tornou a área interessante para o setor imobiliário. Por conta disso, recebeu outra parte do imóvel como recompensa.Moradores de rua
Um casal de moradores de rua foi queimado na noite da última terça-feira na Zona Norte do Rio de Janeiro. Adaílton Farias, de 33 anos, e Amanda Silvestre da Silva, de 27 anos, foram socorridos por uma equipe de bombeiros do Quartel da Praça da Bandeira e levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, na região central da cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a mulher teve 70% do corpo queimados e está em estado grave. O rapaz sofreu queimaduras em 19% do corpo. O estado de saúde dele é estável. De acordo com informações da 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova), um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso, que aconteceu na Rua Batista das Neves, perto da Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido. Foi feita perícia no local e testemunhas foram ouvidas. Os responsáveis pela investigação pediram imagens de câmeras de segurança da região e aguardam alta médica das vítimas para que elas possam prestar depoimento. Não há previsão de alta. Agentes fizeram diligências durante toda a madrugada e continuam em busca de mais testemunhas e informações. Na quarta-feira pela manhã, uma equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social esteve no hospital e na delegacia da Cidade Nova para acompanhar o caso. Em conversa com a equipe, Adaílton Farias contou que veio de Taperoá, na Paraíba, e que nunca passou por nenhum abrigo da prefeitura. Já Amanda Silvestre da Silva é natural de Petrópolis, na região serrana do Rio, tem histórico de uso de drogas e está nas ruas por causa de conflito familiar. Ela já esteve acolhida em um abrigo. Assistentes sociais vão acompanhar o casal diariamente.