Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Jihadistas destroem antigos mausoléus islâmicos na Síria

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Terça, 23 de Junho de 2015 às 08:31, por: CdB
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O representrante sírio informou que os combatentes do Estado Islâmico destruíram pelo menos 50 mausoléus históricos
  Combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) destruíram dois antigos mausoléus muçulmanos na cidade histórica de Palmira, disse nesta terça-feira o diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria. Maamoun Abdulkarim informou que os jihadistas fizeram explodir os túmulos de Mohammed bin Ali, descendente de um primo do profeta Maomé, e de Nizar Abu Bahaaeddine, figura religiosa oriunda de Palmira. As explosões ocorreram há três dias, segundo o responsável. O túmulo de Mohammed bin Ali está localizado em uma zona montanhosa, a cerca de 4 quilômetros ao norte de Palmira (no centro da Síria). O de Abu Bahaaeddine fica em uma zona com vegetação, a cerca de 500 metros das antigas ruínas de Palmira. Esse mausoléu, segundo o diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, foi construído há mais de cinco séculos. O representrante sírio informou que os combatentes do Estado Islâmico destruíram pelo menos 50 mausoléus históricos nas regiões que controlam no Norte e no Leste da Síria. “Consideram que esses mausoléus islâmicos são contra as suas crenças e proibiram as visitas a esses locais”, disse Abulkarim. Há cerca de 10 dias, os combatentes jihadistas também destruíram vários túmulos em um cemitério de Palmira, acrescentou o responsável. - Todos os túmulos em mármore foram destruídos. Para eles, as sepulturas não podem estar visíveis - afirmou Abulkarim. O grupo extremista assumiu o controle de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Património Mundial da Humanidade em 1980. Desde então, os receios de uma eventual destruição do local emblemático têm aumentado, uma vez que os combatentes extremistas já destruíram diversos tesouros históricos, principalmente no Iraque. Situada a 210 quilômetros a nordeste da capital síria, Damasco, a “pérola do deserto”, como é apelidada a cidade com mais de 2 mil anos, tem grande importância estratégica para o grupo radical.
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