O segmento rodoviário é, mais uma vez, aquele que concentrará a maior parte dos recursos. São esperadas, pelo Ministério dos Transportes, sete repactuações de concessões de estradas federais, acordos que estão em análise no Tribunal de Contas da União (TCU).
Por Redação, com ABr – de Brasília
O governo planeja realizar ao menos 87 concessões no setor de infraestrutura de transportes ao longo deste ano. São projetos que, somados, atingem a faixa de R$ 106,42 bilhões em investimentos. A maior parte dos recursos concentra-se nas repactuações de contratos antigos, acordos renegociados entre empresas privadas e governo.
O segmento rodoviário é, mais uma vez, aquele que concentrará a maior parte dos recursos. São esperadas, pelo Ministério dos Transportes, sete repactuações de concessões de estradas federais, acordos que estão em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). As sete repactuações, se confirmadas, somam R$ 60,32 bilhões de investimentos em rodovias.
A oferta de novos trechos rodoviários, por sua vez, envolve oito estradas que ainda são geridas pelo governo e que deverão ser repassadas à iniciativa privada. Ao todo, essa carteira soma R$ 34,16 bilhões.
Novas obras
No Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), segundo informe da pasta, a meta é fazer 21 concessões de terminais portuários neste ano, com previsão de R$ 8,54 bilhões de investimentos. Em relação aos aeroportos, a autarquia pretende conceder 51 terminais de pequeno porte às concessionárias que já controlam os maiores aeroportos brasileiros, com novos prazos de concessão ou redução de valores atuais das outorgas que possuem. Neste caso, são mais R$ 3,4 bilhões previstos.
Nos diversos modais, o setor ferroviário é também aquele que inicia 2025 mais atrasado. As repactuações negociadas com as atuais concessionárias do setor estão em andamento, mas não na velocidade que se imaginava, o que tem atrasado o anúncio de novos trechos e ofertas. Ministro dos Transportes, o ex-governador alagoano Renan Filho diz que haverá leilões de ferrovias neste novo ano, embora ainda não haja uma agenda específica para que isso ocorra.
— Na área de rodovias, a gente espera fazer 15 concessões, entre leilões novos e repactuações. Na verdade, a repactuação é também um leilão, porque a obra está parada e nunca foi resolvida. Ao resolver problemas do passado, estamos dando solução ao que virou problema em outros governos. Além disso, antes de assinar com a concessionária, a proposta é oferecida ao mercado. Então, essa solução pode ser ainda mais relevante do que fazer leilão de novos trechos — conclui Renan Filho.