Por Redação, com DW - de Ferguson, EUA: Uma jornada de manifestações pacíficas em memória de Michael Brown, o jovem negro de 18 anos morto há um ano por um policial branco, terminou no domingo em tiroteio em Ferguson, no Missouri. Segundo a polícia de Ferguson, o tiroteio ocorreu por volta das 23:15 (horário local), já durante uma das últimas homenagens a Brown. Homens em pelo menos dois carros teriam aberto fogo contra policiais, que responderam com tiros. Cerca de seis disparos foram ouvidos. - Esse é exatamente o tipo de coisa que a gente tenta evitar. Acho que isso é lamentável. Estamos tentando manter todos seguros - disse Jon Belmar, chefe de polícia do Condado de St. Louis. Os tiros foram disparados no momento em que 300 pessoas caminhavam rumo a uma igreja para uma missa. A marcha foi interrompida enquanto policiais e ambulâncias se dirigiam para a área. Ao longo de todo o domingo, várias passeatas pacíficas e minutos de silêncio marcaram o primeiro aniversário da morte de Brown. Centenas de pessoas se reuniram às 12:02, hora em que Brown foi assassinado, e fizeram quatro minutos e meio de silêncio, tempo equivalente às quatro horas e meia em que o corpo do jovem permaneceu estendido no chão após a morte. Desde a morte de Brown, dia 9 de agosto de 2014, os protestos contra a discriminação policial contra os negros se estenderam da pequena Ferguson para mais de 170 cidades de todo o país, com especial intensidade em Nova York, Washington e Los Angeles. A mais trágica expressão desse mal-estar foi o assassinato a tiros de dois policiais nova-iorquinos, Wenjian Liu e Rafael Ramos, no último dia 20 de dezembro, por um homem que queria vingar os cidadãos negros mortos pela polícia. Brown levou vários tiros de um policial branco quando estava desarmado. Um grande júri decidiu, no entanto, que não havia provas suficientes para condenar o policial. Outro jovem negro é morto No último sábado, um jovem negro de 19 anos foi morto pela polícia de Arlington, nos Estados Unidos, às vésperas das homenagens de um ano da morte do afroamericano Michael Brown, em Ferguson. Segundo o porta-voz da polícia de Arlington, Paul Rodríguez, o suspeito invadiu uma concessionário de automóveis com um veículo, quebrando parte da fachada de vidro. De acordo com o chefe da polícia de Arlington, Will Johnson, o jovem não obedeceu às ordens dos policiais para que se rendesse. Depois de um "confronto", um policial atirou quatro vezes. Christian Taylor, que estava desarmado, era membro da equipe de futebol norte-americano da Universidade Estadual Angelo, no Texas. Clyde Fuller, tio-avô de Taylor, afirmou que ele era um "bom rapaz" e um "esportista talentoso". "Eu não o vejo roubando um veículo ou qualquer outra coisa. Acredito que alguém esteja mentindo", alega. O autor dos disparos é o policial Brad Miller, de 49 anos, que tem menos de um ano de experiência na corporação. Ele ficará suspenso até que as investigações conduzidas pelo FBI sejam concluídas. Taylor é um dos jovens afromericanos mortos pela polícia dos EUA desde o assassinato de Michael Brown, há exatamente um ano. No domingo, familiares e amigos prestaram uma série de homenagens ao jovem morto por um policial em Ferguson, no Estado do Missouri. A cidade foi palco de protestos violentos. O caso gerou um intenso debate sobre a discriminação racial.
EUA: dia de homenagens em Ferguson termina em tiroteio
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Segunda, 10 de Agosto de 2015 às 07:39, por: CdB