Na primeira conversa desde o ataque norte-americano na Síria, líderes conversam sobre criação de zonas seguras no país e acertam encontro bilateral na cúpula do G20 em julho
Por Redação, com DW - de Washington/Moscou:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a crise na Síria e o agravamento da situação na Península da Coreia.
No telefonema, que a Casa Branca avaliou como "muito bom". Os dois presidentes concordaram que "o sofrimento na Síria durou muito tempo. E que todas as partes devem fazer todo o possível por pôr fim à violência". Segundo o comunicado norte-americano. Já o Kremlin afirmou que Trump e Putin concordaram em aumentar os esforços diplomáticos para acabar com a guerra civil na Síria.
Essa foi a primeira conversa entre os dois líderes desde o ataque norte-americano a uma base militar na Síria. De onde supostamente teriam partido as aeronaves que realizaram um ataque químico que matou 74 pessoas. Nem a Casa Branca nem o Kremlin disseram se o ataque foi tema da conversa.
O incidente elevou as tensões entre os dois países. Os norte-americanos acusaram o regime sírio, aliado de Moscou. Pelo ataque com armas químicas. Já Putin chegou a afirmar que o ataque teria sido "fabricado". Pelas forças militares norte-americanas para justificar a operação militar em território sírio.
Putin e Trump
Segundo o governo norte-americano, Putin e Trump conversaram sobre a criação de zonas seguras na Síria para possibilitar uma paz duradoura. A Casa Branca comunicou ainda que o governo Trump enviará um representante para a rodada de conversações de paz sobre a Síria. Com início marcado para esta quarta-feira em Astana, no Cazaquistão.
Segundo a Casa Branca, Trump e Putin conversaram sobre cooperação para erradicar o terrorismo no Oriente Médio. E sobre a melhor maneira de resolver "a situação muito perigosa" na Coreia do Norte.
O Kremlin afirmou que Putin e Trump acertaram a realização de um encontro bilateral durante a cúpula de líderes do G20. Que ocorrerá entre 7 e 8 de julho em Hamburgo, na Alemanha.
Desde a posse de Trump, em janeiro, o governo norte-americano tem sido obrigado a lidar com rumores de uma possível interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas. Além de suspeitas sobre a influência de Moscou em Washington.