O apoio do partido à presidenta Dilma será realizado a pouco mais de uma semana do fim do recesso parlamentar, quando o impeachment voltará à discussão no Congresso
Por Redação - de Brasília
A presidenta Dilma Rousseff aceitou o convite do presidenciável Ciro Gomes para a homenagem do Diretório Nacional do PDT ao líder socialista Leonel de Moura Brizola, que completaria 94 anos, nesta sexta-feira. O encontro, em Brasília, entre Dilma e Ciro, tem um peso específico nas eleições presidenciais, de 2018. Ciro foi indicado para concorrer à sucessão presidencial na legenda à qual Dilma militava, antes de se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Durante o encontro do Diretório, será aprovada a posição do PDT contra a tentativa de golpe contida no pedido de impedimento da presidenta, em curso no Congresso. O diretório referenda a decisão da Executiva Nacional da legenda, em dezembro último, contrária ao processo de impeachment. Durante as homenagens a Brizola, Dilma receberá apoio público de líderes pedetistas, entre eles Cid Gomes, ex-governador do Ceará.
— Nesse momento, é importante ter um lado e o nosso lado é em defesa da legalidade e da democracia — disse o presidente da legenda, Carlos Lupi.
O apoio do partido à presidenta será realizado a pouco mais de uma semana do fim do recesso parlamentar, quando o tema voltará à discussão na escolha da comissão que definirá o prosseguimento, ou não, do processo contra o mandato petista. Atual presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tenta, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), algum artifício para validar votação anterior, que elegeu um grupo de parlamentares favoráveis ao golpe de Estado. A instalação da comissão especial do impeachment, que emitirá parecer sobre o processo, deverá ocorrer no início do próximo mês.
Tanto a Executiva Nacional quanto a bancada do PDT já se posicionaram contrários ao pedido de impeachment no Congresso, durante encontro realizado em 8 de dezembro, ato que o Diretório Nacional, agora, torna oficial. Na ocasião, o partido classificou a abertura do processo de impeachment como um ato de “golpismo” e questionou tanto a legitimidade do processo, quanto a moral de seu condutor, o deputado Eduardo Cunha, suspeito de cometer atos criminosos, como evasão de divisas, formação de quadrilha e receptação de propina em obras da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, realizada pela Polícia Federal.
A reunião do Diretório Nacional do PDT terá lugar em Brasília, na sede do partido. A data escolhida, aniversário de Brizola, tem um forte conteúdo simbólico, uma vez que, a pedido de Dilma, o ex-governador gaúcho teve seu nome incluído no livro que reúne os ‘Heróis da Pátria’, recentemente lançado, no Palácio do Planalto. Brizola morreu em 2004.
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