Rio de Janeiro, 04 de Dezembro de 2024

Desgovernador de São Paulo é o maior inimigo da educação

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Segunda, 02 de Dezembro de 2024 às 09:17, por: CdB

Projeto de privatização de Tarcísio, com ajuda de seus aliados na Alesp, aprofunda a crise na educação paulista com sucateamento das escolas e péssimas condições de trabalho.

Por Professora Francisca – de São Paulo

Nenhuma palavra define melhor as professoras e os professores do ensino oficial do Estado de São Paulo do que a palavra resistência. E com toda a resiliência vimos superando os ataques à educação pública paulista nos sucessivos governantes. Sempre contra as pessoas que vivem do trabalho.

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Tarcísio de Freitas

Com o desgovernador Tarcísio de Freitas, porém, tudo piorou. Já começou com a nomeação do empresário Renato Feder para a Secretaria da Educação, com diversas acusações de ilícitos ainda não esclarecidos.

Aliás, o próprio Tarcísio teve seu chefe de segurança preso por ligação com o PCC. Justamente o desgovernador que acusou, sem apresentar provas, em pleno período eleitoral, que o então candidato das forças progressistas, Guilherme Boulos tinha ligação com o PCC. Mas é seu chefe de segurança quem foi preso pela Polícia Federal por ligação com o PCC. Incrível.

O projeto de privatização do desgovernador, com ajuda de seus aliados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), aprofunda a crise na educação paulista com sucateamento das escolas, péssimas condições de trabalho, assédio moral a todo vapor, pressão sobre as professoras e professores, plataformização inoperante e salários indignos.

Proposta de Emenda à Constituição

E para piorar, a Alesp acabou de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual, que deixa de destinar 30% e passa para 25% os investimentos em educação, tirando mais de US$ 11,3 bilhões em 2025 e a cada ano o rombo pode ser maior porque depende da arrecadação do estado.

Junto a isso, o desgoverno não efetiva todas e todos os concursados aprovados no último concurso, inclusive utilizando a nota do concurso como critério de atribuição para os chamados “temporários”, que significa na realidade, serem totalmente precarizados.

E projeta acabar com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), essencial para combater o analfabetismo e proporcionar possibilidades de estudo pra quem precisa trabalhar, além e fechar salas de aula aumentando a superlotação das turmas.

Precariza totalmente a educação pública paulista com gestão autoritária e que não respeita os profissionais, os estudantes e a comunidade escolar. Respeita apenas os interesses dos tubarões da educação.

 

Professora Francisca, é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária-adjunta de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil

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