Os advogados do ex-mandatário neofascista reclamam que há “um excesso de agilidade” por parte da Corte. O argumento, no entanto, cai no vazio uma vez que o prazo concedido por Zanin para a defesa dos suspeitos é o dobro da prática normal naquela instância judiciária.
Por Redação – de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Cristiano Zanin foi alvo de críticas por parte da defesa do suspeito Jair Bolsonaro (PL), no processo a que responde por golpe de Estado, entre outros crimes. Zanin marcou para o próximo dia 25 de março, uma terça-feira, a análise da denúncia enviada à Corte pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado.

Os advogados do ex-mandatário neofascista reclamam que há “um excesso de agilidade” por parte da Corte. O argumento, no entanto, cai no vazio uma vez que o prazo concedido por Zanin para a defesa dos suspeitos é o dobro da prática normal naquela instância judiciária.
A denúncia será analisada pela 1ª Turma do STF, presidida por Zanin, que determinou três sessões para a avaliação do documento. Duas delas acontecerão em 25 de março, nos períodos da manhã e tarde, e a terceira no dia seguinte. O colegiado deverá decidir se aceita ou não a denúncia. Analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, no entanto, apontam que a chance de Bolsonaro tornar-se réu, na ação, é praticamente absoluta.
Denúncia
As sessões são divididas em três partes. A apresentação da denúncia pela PGR é o primeiro momento. Em seguida, falam as defesas dos acusados e, por fim, os ministros votam sobre as denúncias.
Além do ex-presidente, integram o grupo de denunciados os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres; além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, entre outros.
A 1ª Turma do STF é formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Zanin.