Em um pregão agitado, o colar foi arrematado por 3,55 milhões de francos suíços, ou US$ 4 milhões (R$ 23,1 milhões), elevando o total após impostos e comissões para 4,26 milhões de francos suíços, ou US$ 4,81 milhões.
Por Redação, com agências internacionais – de Paris
O estigmático colar com quase 500 diamantes, totalizando cerca de 300 quilates, do século XVIII, e no centro de um escândalo que abalou a corte do rei Luiz XVI ao levar à prisão 15 envolvidos em uma trama contra a rainha Maria Antonieta, foi leiloado noite passada, em Genebra, por US$ 4,81 milhões (cerca de R$ 27,8 milhões).
Ao comentar a história da peça, o chefe do departamento de joias da Sotheby’s Europe, Andres White Correal, disse à agência francesa de notícias AFP que apenas o fato de a joia existir intacta, por séculos, é por si só “um milagre” e prever que o preço ficaria entre US$ 1,8 milhão e US$ 2,8 milhões, no que se enganou completamente.
Em um pregão agitado, o colar foi arrematado por 3,55 milhões de francos suíços, ou US$ 4 milhões (R$ 23,1 milhões), elevando o total após impostos e comissões para 4,26 milhões de francos suíços, ou US$ 4,81 milhões.
Peça rara
Se não bastasse o fato de ser uma peça de design excepcional, seus diamantes adornam a conspiração que levou à queda o cardeal de Rohan. Apaixonado à época pela rainha Maria Antonieta, o ex-bispo de Estrasburgo participou de uma sórdida trama arranjada pela condessa Jeanne de la Motte e o conde de Cagliostro, como se autodenominava o alquimista, curandeiro e maçom Giuseppe Balsamo, por uma alta quantia em dinheiro.
“Esta espetacular joia antiga é uma incrível sobrevivente da história”, declarou a Sotheby’s antes da venda. O colar, composto por três fileiras de diamantes, termina em duas impressionantes borlas. O acabamento destaca a transparência das pedras preciosas e confere grande flexibilidade a esta peça “rara e muito importante” do período georgiano.