Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2024

Café e chocolate tornam-se produtos de luxo, após aumentos em série

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Quarta, 18 de Dezembro de 2024 às 20:37, por: CdB

Os contratos futuros de cacau subiram acima de US$ 12 mil (R$ 73,69 mil) por tonelada em Nova York, nesta quarta-feira, atingindo um novo recorde em meio a crescentes preocupações sobre a redução da produção na Costa do Marfim, principal produtor mundial.

Por Redação – de São Paulo

O preço médio do quilo do café torrado e moído chegou a R$ 48,57 nos supermercados brasileiros em novembro, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Consumidores paulistanos já admitem mudar de rotina para não abrir mão do hábito. O mesmo movimento ocorre em relação ao chocolate.

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Os preços das Matérias-Primas Brutas passaram a subir na primeira prévia de novembro

Os contratos futuros de cacau subiram acima de US$ 12 mil (R$ 73,69 mil) por tonelada em Nova York, nesta quarta-feira, atingindo um novo recorde em meio a crescentes preocupações sobre a redução da produção na Costa do Marfim, principal produtor mundial.

Quanto ao café, a associação orienta a evitar o desperdício. Segundo a instituição, o produto rende muito, e as pessoas têm o hábito de jogar fora o que sobra. Apesar de não ter o número oficial e específico sobre o desperdício em lares brasileiros, a Abic citou estudos norte-americanos e do Reino Unido que estimam uma perda na faixa de 17% a 25% no café preparado em casa.

“Se considerarmos uma garrafa térmica média de 500 ml e uma pessoa consumindo cerca de 200 ml por dia, o desperdício poderia ser de cerca de 100 ml por dia. Em uma semana, isso representaria cerca de 700 ml. Em um mês, cerca de três litros de café poderiam ser jogados fora”, ressalta o relatório da Abic.

 

Colheitas

De volta ao chocolate, o contrato mais ativo do cacau subiu até 3,4%, para US$ 12.163 (R$ 74,69 mil) por tonelada. Os futuros quase triplicaram este ano, já que colheitas ruins na Região Oeste da África contribuíram para o pior déficit de todos os tempos e forçaram as empresas a recorrerem aos estoques. Os preços em Londres subiram mais de 3%.

Os temores sobre uma safra mais fraca do que o esperado na Costa do Marfim nesta temporada renovaram as preocupações com o fornecimento. A produção de cacau no país, que representa mais de um terço da produção global, é esperada em 1,9 milhão de toneladas na temporada 2024-25, o que representa uma queda de quase 10% em relação à previsão do governo, de cerca de 2,1 a 2,2 milhões de toneladas no início da temporada em outubro.

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