Recentemente, a Rússia intensificou os ataques a Zaporizhia, usando bombas guiadas altamente destrutivas, que as forças ucranianas têm dificuldade de abater.
Por Redação, com Reuters e ANSA – de Kiev
Um ataque russo com mísseis na cidade de Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia nesta terça-feira matou seis pessoas, feriu ao menos mais 20 e destruiu uma instalação de infraestrutura vital, disseram autoridades ucranianas.
Ivan Fedorov, o governador regional, afirmou em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram que um incêndio foi causado pelo ataque. As autoridades não informaram qual era a instalação.
Antes do ataque, Fedorov e a Força Aérea da Ucrânia anunciaram um alerta de mísseis balísticos para a região.
Recentemente, a Rússia intensificou os ataques a Zaporizhia, usando bombas guiadas altamente destrutivas, que as forças ucranianas têm dificuldade de abater.
A cidade é um importante centro logístico e industrial localizado a cerca de 40 km da linha de frente. As tropas de Moscou ocupam parcialmente a região de Zaporizhia, que também abriga a maior usina nuclear da Europa.
O chefe de gabinete do presidente ucraniano pediu aos aliados que deem mais apoio para combater os ataques russos.
– A violência precisa ser interrompida por ações fortes – declarou Andriy Yermak no Telegram.
G7 condena presença da Coreia do Norte em guerra na Ucrânia
Os ministros das Relações Exteriores do “G7 ampliado” divulgaram nesta terça-feira um comunicado em que expressam “grave preocupação” com a presença de tropas da Coreia do Norte na Rússia.
Além dos membros habituais do G7, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia, o documento é assinado pelos chanceleres de Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia.
No texto, os ministros afirmam que o eventual deslocamento de militares norte-coreanos para batalhar contra a Ucrânia “marcaria uma perigosa expansão do conflito, com graves consequências para a paz e a segurança europeias e da região Indo-Pacífica, além de uma nova violação do direito internacional e dos princípios da ONU”.
Além disso, os chanceleres do G7 ampliado “condenam com a máxima firmeza possível a crescente cooperação militar” entre Moscou e Pyongyang, incluindo a “compra ilícita de mísseis balísticos norte-coreanos por parte da Rússia”.
Ainda segundo os ministros, isso representa uma “violação direta” das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual a própria Rússia é membro permanente. O grupo também expressou preocupação com as “potenciais consequências de quaisquer transferências de tecnologia nuclear da Rússia à Coreia do Norte”.
“Reafirmamos nosso compromisso inabalável de apoiar a Ucrânia na defesa de sua liberdade, soberania, independência e integridade territorial”, afirma a nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália, presidente do G7 em 2024.
A Ucrânia estima que cerca de 15 mil norte-coreanos serão deslocados para a linha de frente em localidades do nordeste, do leste e do sudeste da Ucrânia. Já o Kremlin alega que Kiev está tentando “internacionalizar o conflito” para “envolver a Coreia do Sul”.