Rio de Janeiro, 04 de Dezembro de 2024

Apesar dos juros altos, economia continua aquecida

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Segunda, 02 de Dezembro de 2024 às 19:51, por: CdB

A agência norte-americana de notícias Bloomberg projeta um crescimento do PIB entre 0,6% a 1%, na comparação com os três meses anteriores, abaixo do 1,4% registrado no segundo trimestre do ano.

Por Redação – de Brasília

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, a ser divulgado nesta terça-feira, aponta para uma economia aquecida, apesar da desaceleração esperada em relação aos três meses anteriores causada pela alta taxa de juros.

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O PIB reúne toda a riqueza produzida pelo país em determinado tempo

A agência norte-americana de notícias Bloomberg projeta um crescimento do PIB entre 0,6% a 1%, na comparação com os três meses anteriores, abaixo do 1,4% registrado no segundo trimestre do ano. A base de comparação elevada é um dos motivos para a expectativa de um número menor neste momento.

São esperados resultados positivos para a indústria e o setor de serviços, com retração na agropecuária. Do lado da demanda, será um resultado puxado tanto pelo consumo —impulsionado pelo aumento da renda e do crédito— como pelos investimentos.

 

Potencial

A expectativa dos economistas é fechar o ano com crescimento próximo de 3%, mesmo patamar dos últimos dois anos, embora alguns analistas não descartem resultados acima desse patamar. Em janeiro, as projeções estavam na casa de 1,5%. Uma questão que está longe do consenso é se a economia está ou não crescendo acima do seu potencial, gerando impactos inflacionários.

O economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani, projeta crescimento de 0,7% contra o trimestre anterior e 3,1% no acumulado do ano, com possibilidade de surpreender para cima. Ele afirma que o resultado menor em relação ao segundo trimestre deve ser visto como uma acomodação do ritmo de crescimento, após um dado muito forte.

— Os efeitos do aperto monetário ainda não chegaram na economia ou começaram a chegar muito inicialmente. As condições de renda continuam favoráveis, por conta do mercado de trabalho e programas de transferência. Não dá para falar que já começou a desaceleração. Isso vai acontecer, mas não é agora — conclui Padovani.

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