Segundo o secretário, será necessário apoiar um aumento em subsídios e empréstimos, juntamente com o alívio das cobrança, para que os países vulneráveis ”não sejam prejudicados pelos custos do serviço da dívida.
Por Redação, com Reuters – das Nações Unidas, NY-EUA
O chefe do clima da ONU pediu, neste sábado, que os líderes das maiores economias do mundo enviem um sinal de apoio aos esforços globais de financiamento climático, quando estiverem reunidos na próxima semana. O apelo, feito em uma carta aos líderes do G20 pelo Secretário Executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, ocorre em um momento em que os negociadores da conferência COP29, em Baku, enfrentam dificuldades em suas negociações para um acordo que visa aumentar o dinheiro para lidar com os impactos cada vez piores do aquecimento global.
“A cúpula da próxima semana deve enviar sinais globais claros”, disse Stiell, na carta.
Segundo o secretário, será necessário apoiar um aumento em subsídios e empréstimos, juntamente com o alívio das cobrança, para que os países vulneráveis ”não sejam prejudicados pelos custos do serviço da dívida que tornam ações climáticas mais ousadas quase impossíveis”.
Coalizão
Líderes empresariais ecoaram o apelo de Stiell, dizendo que estavam preocupados. “Apelamos aos governos, liderados pelo G20, para que aproveitem o momento e adotem políticas para uma mudança acelerada dos combustíveis fósseis para um futuro de energia limpa, a fim de desbloquear o investimento essencial do setor privado necessário”, disse uma coalizão de grupos empresariais, incluindo a We Mean Business Coalition, o Pacto Global das Nações Unidas e o Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, em uma carta separada.
O sucesso na cúpula climática da ONU deste ano depende de se os países podem concordar com uma nova meta financeira para os países mais ricos, credores de desenvolvimento e o setor privado entregarem a cada ano. Os países em desenvolvimento precisam de pelo menos US$ 1 trilhão anualmente até o final da década para lidar com as mudanças climáticas, disseram economistas nas negociações da ONU.