Até o momento, 37 nações, como Alemanha, Noruega e Paraguai, e instituições multilaterais e organizações, incluindo a Fundação Bill e Melinda Gates já aderiram à iniciativa, que foi articulada com base nos itens prioritários estabelecidos pela presidência brasileira do G20.
Por Redação – do Rio de Janeiro
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza terá sede em Roma, capital da Itália, e já registrou a adesão de 37 países. Com o endereço na capital italiana, a iniciativa ganha presença no Continente Europeu.
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Maurício Lyrio, o documento de fundação da aliança foi aprovado por todos os países do G20 e estabelece que sua sede será na FAO, na “Cidade Eterna”, e que suas atividades terão início em 2025 e durarão até 2030.
Em anúncio feito neste domingo, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social do Brasil, Wellington Dias, destacou que o número de assinaturas do documento foi obtido em apenas 24 horas, tendo em vista que ainda na véspera houve a possibilidade de adesão no Rio de Janeiro.
Recursos
Até o momento, 37 nações, como Alemanha, Noruega e Paraguai, e instituições multilaterais e organizações, incluindo a Fundação Bill e Melinda Gates já aderiram à iniciativa, que foi articulada com base nos itens prioritários estabelecidos pela presidência brasileira do G20 – inclusão social e combate à fome e à pobreza; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global.
A aliança prevê um plano para “obter recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo”.
A pauta esteve presente no encontro entre a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Forte de Copacabana, Zona Sul da Cidade; além da conclusão de um novo plano de ação para a parceria estratégica entre os dois países no próximo quinquênio.
Prioridades
Durante o encontro, a premiê italiana parabenizou o líder brasileiro pelo trabalho realizado, agradeceu a sinergia e a continuidade asseguradas pelas presidências -do G7 (italiana) e do G20 (brasileira), sancionadas pela partilha das prioridades temáticas abordadas, começando pelo desenvolvimento, transição energética e segurança alimentar.
Segundo nota do Palazzo Chigi, a nível bilateral, foi manifestado o desejo comum de continuar a trabalhar para fortalecer a parceria entre Roma e Brasília, identificando os setores prioritários nos quais concentrarão a atenção, como o econômico-comercial, e aproveitando a presença histórica da grande comunidade italiana no Brasil.
Neste contexto, foram destacadas as importantes oportunidades nos setores de energia e do desenvolvimento de infraestruturas.
Já Lula explicou as prioridades da presidência brasileira no G20 e convidou Meloni para, após sua participação no G20, fazer uma nova visita em um futuro próximo ao Brasil, promovendo um encontro empresarial entre os dois países.
Atualização
O governo brasileiro, por sua vez, divulgou nota na qual destaca que “Meloni lembrou que são 800 mil cidadãos italianos e 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil, e, com isso, essa sua primeira viagem à América Latina não esgota a necessidade de uma nova visita” à nação.
Além disso, a premiê lembrou que “as empresas italianas têm planos de investir no Brasil 40 bilhões de euros, e falou sobre atualização dos acordos de parceria e cooperação econômica” entre as partes.
Por fim, Meloni e Lula conversaram sobre “a Enel, que é uma empresa de capital mista com participação do estado italiano, e a necessidade de avanços na melhoria do serviço prestado pela empresa, em especial em São Paulo.