Esse é um dos raros momentos em que Zelensky mostrou um problema entre os representantes de Kiev desde o início dos ataques russos em 24 de fevereiro. O governo, que antes da guerra sofria com sua baixa popularidade.
Por Redação, com ANSA – de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou a demissão de dois altos funcionários do governo por “traição”.
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Em um vídeo publicado na noite de quinta-feira, o mandatário não disse quem foram as pessoas nem os cargos ocupados.
– Hoje uma nova decisão foi tomada por conta dos anti-heróis. Não tenho tempo de cuidar dos traidores, mas um pouco de cada vez eles serão punidos. Aqueles que rompem com o juramento de fidelidade ao povo ucraniano serão inevitavelmente privados de seus graus militares – disse Zelensky.
Alto escalão do serviço de segurança
Segundo a mídia local, os dois seriam membros do alto escalão do serviço de segurança nacional e estariam repassando informações sigilosas para a Rússia.
Esse é um dos raros momentos em que Zelensky mostrou um problema entre os representantes de Kiev desde o início dos ataques russos em 24 de fevereiro. O governo, que antes da guerra sofria com sua baixa popularidade, deu inúmeros sinais de força e de união e conseguiu voltar a ter a confiança dos ucranianos.
Primeira-dama da Ucrânia envia carta ao papa
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, escreveu uma carta ao papa Francisco para agradecê-lo pelo acolhimento de crianças feridas pela guerra em um hospital pediátrico de Roma administrado pela Igreja Católica.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, após uma visita ao Hospital Bambino Gesù acompanhado da primeira-dama da Polônia, Agata Kornhauser-Duda.
– A primeira-dama Olena Zelenska enviou duas cartas ao papa Francisco e à presidente do Bambino Gesù, Mariella Enoc, em agradecimento pelo tratamento de crianças ucranianas – escreveu o diplomata no Twitter, acrescentando que Kornhauser-Duda levou seis novos pacientes para o hospital.
– Senhora Agata e toda a Polônia, nós nunca vamos esquecer sua ajuda – acrescentou Yurash. A Polônia é o país que mais acolheu refugiados ucranianos desde o início da guerra: 2,4 milhões, de um total de 4,1 milhões, segundo as Nações Unidas.
Desde o começo da invasão russa, em 24 de fevereiro, o papa Francisco tem feito apelos quase diários pelo fim da guerra e já denunciou o “massacre” da população civil e a transformação de cidades ucranianas em “cemitérios”.