Segundo levantamento realizado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos por meio dos dados do Disque 100, as notificações de violação de direitos humanos contra pessoas idosas aumentaram 97% nos três primeiros meses do ano.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O mundo está envelhecendo. Hoje o Brasil possui mais de 10% da sua população formada por homens e mulheres com mais de 60 anos. No entanto, o cenário não é favorável para este contingente de pessoas, já que o número de casos de violência contra estes brasileiros cresce.
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Segundo levantamento realizado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos por meio dos dados do Disque 100, as notificações de violação de direitos humanos contra pessoas idosas aumentaram 97% nos três primeiros meses do ano. Neste mês, o alerta ganha mais visibilidade com o Dia da Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa.
Em evento realizado na Casa São Luiz (CSL), na quinta-feira, Patricia Hildebrandt, fonoaudióloga da Casa São Luiz, analisou a importância de conscientizar sobre os vários tipos de violência contra a pessoa idosa.
– É uma temática densa mas que precisa, antes de mais nada ser levada à consciência das pessoas. O assunto precisa ser diluído para que se entenda que as violações vão além das agressões físicas. Após esse entendimento, é de grande valia que essas ocorrências sejam encaminhadas para os respectivos órgãos competentes, para que tenham suas resolutivas de forma mais rápida e eficiente – explicou.
A profissional participou da roda de conversa “Conscientização do combate à violência contra pessoas idosas” realizada na instituição carioca ao lado de Lícia Mattesco, Superintendente da Secretaria da Juventude e Envelhecimento Saudável do Estado do Rio de Janeiro.
Sobre a importância do mês de junho e o combate a qualquer forma de violência contra a pessoa idosa, a superintendente explica que é fundamental informar e criar políticas públicas.
– A violência contra a pessoa idosa é um assunto muito sério. O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de idosos e já estamos passando da marca de 3 milhões. Precisamos pensar em políticas públicas efetivas para o atendimento a este público. Esta é uma data muito simbólica, foi instituída em 2011 pela OMS, porque a violência contra o idoso acontece diariamente e é muito pouco falada – disse Lícia Mattesco.
– Quando temos a possibilidade de dar acesso aos direitos e prevenir a violação dos mesmos damos condições da pessoa idosa ter o envelhecimento saudável que tanto falamos – completou a superintendente que destacou a importância do estatuto da pessoa idosa que completa 20 anos em 2023.
Prevenção e conscientização
A Roda de Conversa também abriu debate para pensar o futuro do brasileiro e de pensar em como envelhecer com independência e saúde.
– Invista em você hoje para envelhecer com independência e autonomia. A prevenção sempre será o melhor caminho. Cuidar do corpo e da mente ajudará você a envelhecer com independência e autonomia. Para isso faça exercício físico, leia bons livros, faça um detox digital, cultive boas amizades, cuide de sua espiritualidade, tome sol e beba água. Coisas simples, valiosas, e que estão ao seu alcance – aconselhou Cristiane da Silva.
Também estiveram presentes a assistente social do Retiro dos Artistas, Michele Mesquita da Silva e Iragido Nunes Neves Machado, Presidente da Associação das Instituições de Longa Permanência do Estado do Rio de Janeiro (AILP – RJ).
Para denunciar
O Disque 100 funciona diariamente em todo o país por meio de discagem direta e gratuita.