Vigilantes fazem protesto em frente ao prédio da Prefeitura

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Publicado segunda-feira, 7 de junho de 2004 as 09:10, por: CdB

Vigilantes que fazem a segurança dos hospitais municipais, maternidades e postos de assistência médica da Prefeitura do Rio, voltaram a protestar na manhã desta segunda feira, em frente ao Centro Administrativo São Sebastião (Cidade Nova), porque, segundo o sindicato da categoria, o secretário de Saúde, Mário César Marzochi, não cumpriu a promessa feita durante reunião no último dia 28, com uma comissão de trabalhadores e sindicalistas, de que começaria a pagar o débito do município com as empresas de vigilância até 5 de maio.

Durante a manifestação, os trabalhadores realizaram assembléia para decidir se fazem greve nos hospitais municipais, como Souza Aguiar, Miguel Couto, Lagoa, Andaraí, entre outros. As seis empresas que prestam serviço de segurança à rede municipal de saúde já anunciaram que vão demitir cerca de 3 mil vigilantes caso não recebam da Prefeitura os cinco meses em atraso. A dívida do município com as empresas de vigilância ultrapassa R$ 10 milhões. Em outra reunião, no último dia 18, na Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura havia proposto pagar as faturas de janeiro somente no fim de junho. A proposta foi rechaçada pelos dirigentes sindicais e representantes das empresas, que alegaram não ter mais recursos para cumprir com suas obrigações trabalhistas.

As empresas que não recebem desde janeiro pelos serviços prestados nos hospitais e PAMs do Rio são a Confederal, Tanka, Centauro, Free Port, Transegur e Vigban. Os vigilantes da Saúde Pública fazem, além da proteção do patrimônio, a guarda de medicamentos, equipamentos, pacientes e vigiam suspeitos de crimes atendidos nas emergências dos hospitais.

Para assegurar os direitos dos vigilantes, o Sindicato denunciou a Prefeitura do Rio ao Ministério Público do Trabalho, na DRT, e na Justiça Trabalhista, através de mandado de segurança, que transfere para o Município a responsabilidade subsidiária com os encargos sociais e trabalhistas das empresas terceirizadas.