O vice-presidente José Alencar defendeu, na tarde desta querta-feira, o crescimento das exportações como forma de reduzir as taxas de juros. Em discurso na solenidade de lançamento do Fórum Nacional da Indústria, Alencar disse que não se deve esperar soluções mágicas, nem heterodoxas para a queda dos juros básicos da economia, que hoje estão em 26,5% ao ano.
“A saída tem que ser clássica, com o crescimento das exportações”, disse Alencar.
Ele observou que, num passado não remoto, o Brasil alcançou o terceiro lugar no mundo, com saldo comercial de US$ 18 bilhões, ficando atrás apenas do Japão e da Alemanha.
Alencar lembrou que, em 2002, o saldo comercial brasileiro ficou em US$ 13 bilhões. Para este ano, a previsão é de US$ 16,5 bilhões. Segundo ele, é preciso e é possível ultrapassar US$ 20 bilhões de superávit na balança comercial por ano.
Quando o país alcançar esse patamar, equilibrará suas contas externas, explicou. “Nesse dia, a credibilidade e a respeitabilidade do Brasil vão crescer na comunidade internacional”.
O vice-presidente acrescentou que o país está competindo com outras nações que têm juros básicos inferiores a um décimo e lembrou que a taxa, nos Estados Unidos, está em 1,25% ao ano e que, na Europa, foi de 3,5% em 2002.