Vendas no comércio crescem além do previsto no nono mês seguido

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Publicado quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 as 14:24, por: CdB
As vendas no varejo brasileiro cresceram pelo sétimo mês
As vendas no varejo brasileiro cresceram pelo nono mês

As vendas no comércio varejista brasileira cresceram 0,7% em novembro sobre o mês anterior, marcando o nono mês seguido de ganhos e recuperando um pouco de fôlego num resultado acima do esperado. Os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a taxa mensal foi a mais alta desde agosto, quando houve avanço de 0,9%. Sobre um ano antes, as vendas varejistas registraram aumento de 7,0%.

Os números vieram melhores do que o esperado em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, que mostrava projeções de alta mensal de 0,4% em novembro e de 6,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação mensal, sete das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram alta. Os principais destaques foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,6%); Tecidos, vestuário e calçados (1,5%) e Móveis e eletrodomésticos (1,5%)

O único resultado negativo foi registrado em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com recuo de 2,1% em relação a outubro. A receita nominal do varejo teve alta de 1,1% em novembro ante outubro e avanço de 13,8% sobre um ano antes. Já o volume de vendas no varejo ampliado –que inclui veículos e material de construção– mostrou alta de 1,3% em novembro sobre outubro, com aumento de 2,5% nas vendas de Veículos e motos, partes e peças.

O consumo vem se beneficiando do mercado de trabalho firme, apesar da fraqueza da economia ao longo de 2013, assim como também de incentivos do governo com redução de impostos. Entretanto, a inflação mostrou resistência no final de 2013, mantendo-se em patamar elevado, o que acaba diminuindo o poder de compra dos consumidores. Em novembro, o IPCA atingiu alta de 0,54% na comparação mensal, para depois acelerar em dezembro a 0,92% e encerrar o ano com avanço acumulado de 5,91%.

Outros índices

Se o negócio melhorou para o comércio varejista, o mesmo ocorreu com a indústria de fundos no Brasil, que terminou 2013 com patrimônio líquido total de R$ 2,469 trilhões, incluindo o mercado doméstico e o offshore, informou a Anbima, entidade que representa instituições do mercado de capitais no país. Em 2012, o total de patrimônio líquido ou ativos sob gestão total dos fundos no Brasil fechou em R$ 2,204 trilhões. A indústria de fundos ainda fechou 2013 com 13.998 fundos, contra 12.436 fundos no final de 2012, enquanto que a captação líquida foi de R$ 59,7 bilhões em 2013.

Mas se o varejo e o investimento vão bem, o mesmo não se pode afirmar quanto à inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a alta para 0,85% na segunda quadrissemana de janeiro, após avançar 0,73% no período anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Na segunda quadrissemana, a maior contribuição para o resultado veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, com avanço de 2,32% dos preços ante 1,03% anteriormente.

Neste grupo, a FGV destacou o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou para 4,71%, de 1,41%. Com o nível alto de inflação no holofote, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 10,50% ao ano, mantendo o ritmo de aperto monetário.