Os importadores de carros pressionam o governo a reduzir impostos, com o objetivo de recuperar as vendas.
Em abril, houve uma queda de 26% em relação a março, para 292 unidades comercializadas, segundo a Abeiva (associação que reúne oito importadores).
Na comparação com igual período de 2002, a queda atinge 70%.
– Ainda que seja favorecido pelo dólar na faixa de R$ 2,85 e R$ 3, o setor de carros importados não deve ser contemplado por um aumento de vendas -, diz o presidente da entidade, André Carioba.
Ele diz que já levou ao ministro Luiz Fernando Furlan o pedido do setor para a redução da alíquota de importação de veículos.
– O ministro disse que as chances de redução da alíquota são mínimas. No entanto, Furlan aceita discutir o retorno do sistema de cotas de importação, tendo como contrapartida o compromisso de exportar -, afirma Carioba.
Ele diz que a proposta demanda um “período significativo” para negociações.
– Não vamos descartar a idéia. No entanto, precisamos fazer algo urgente no sentido de tirar o nosso segmento da paralisação quase irreversível -, afirma o presidente da Abeiva.
Segundo Carioba, Furlan prometeu criar um grupo de trabalho para estudar uma solução para o setor.
– Já iniciamos contatos preliminares com a Alemanha, Inglaterra, Itália e Coréia do Sul, países originários das nossas marcas, com o objetivo de buscar mecanismos compensatórios de comércio exterior -, afirma o presidente da entidade.
A Abeiva reúne os importadores das marcas Suzuki, BMW, Jaguar, Kia Motors, Porshe, Ssangyong, Maserati e Ferrari.