Velocidade japonesa é a preocuação do basquete feminino brasileiro

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Publicado terça-feira, 10 de agosto de 2004 as 11:36, por: CdB

Todos os pensamentos da seleção brasileira feminina de basquete estão voltadas para o Japão. A velocidade da equipe asiática é a principal preocupação das jogadores para a estréia nos Jogos Olímpicos de Atenas, no dia 14.

– Japão para mim é o mais importante, temos dificuldade com a escola asiática – resumiu a ala/armadora Helen.

Segundo a pivô Alessandra, que atuou na Coréia do Sul e conhece muito bem o jogo das asiáticas, elas dão muita atenção à aplicação tática, e isso faz com que seja mais difícil marcar as jogadoras.

– Elas são muito rápidas, e as jogadas parecem um turbilhão vindo para cima da gente. Brasileiro não é de defender, e se você dormir um minuto já era – explicou Alessandra, para quem falta intercâmbio com equipes dessa região para diminuir essa falta de conhecimento.

A ala Janeth concorda, e destaca a troca de bola como ponto forte das japonesas.
– Elas movimentam muito bem a bola e complicam o jogo de qualquer seleção. Elas são muito pacientes – explicou a ala.

O Brasil está no Grupo A, que conta ainda com Grécia, Rússia, Nigéria e Austrália. O Grupo B tem Estados Unidos, atual campeã olímpica e mundial, Espanha, China, República Tcheca, Coréia do Sul e Nova Zelândia.

A grande preocupação da equipe é o cruzamento nas quartas-de-final — as quatro primeiras de cada grupo se classificam e o primeiro colocado de um grupo pega o quarto do outro, assim como o segundo enfrenta o terceiro.

– Tem muitas seleções no mesmo nível, e os Estados Unidos estão um degrauzinho acima, mas não é grande – avalia Janeth.

Uma preocupação que surgiu na equipe foi com a ala Iziane, que perdeu a calma durante um amistoso contra a Grécia no início do mês e brigou com uma adversária, jogando a bola uma na outra.
– Essa coisa serviu de lição para ela. Ela mesma falou que se fosse Olimpíada não faria isso, porque pode ser suspensa – explicou Helen.