Valério nega superfaturamento de empresas

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Publicado quarta-feira, 6 de julho de 2005 as 11:09, por: CdB

Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, o publicitário Marcos Valério afirmou que a agência SMP&B participou com outras 54 agências de licitação para fazer a publicidade dos Correios. Segundo o publicitário, o contrato vencido por ele foi de R$ 28 milhões e seria “impossível haver superfaturamento”, uma vez que os recursos foram usados para pagar propaganda na mídia.

Valério afirmou ainda que, do total, sobraram R$ 2,8 milhões após os pagamentos. Tirando impostos, relatou, a empresa teria ficado com cerca de R$ 1,4 milhão. Marcos Valério garantiu que não há condições técnicas de superfaturamento nesse contrato, que sofre auditoria interna dos Correios e do Tribunal de Contas da União.

Valério detalhou para o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), os contratos que as empresas dele têm com o governo federal. Segundo Valério, a SMP&B tem apenas três contas com o governo: Correios, Ministério dos Esportes – contrato fechado no governo de Fernando Henrique Cardoso, no valor de R$ 850 mil – e Câmara dos Deputados, no valor de R$ 8,8 milhões, firmado em 31 de dezembro de 2003.

Valério informou que outra empresa de propriedade dele, a DNA, tem contrato com o Banco do Brasil desde 1994. Em 2001, o contrato foi no valor de R$ 43,8 milhões; em 2002, de R$ 65 milhões; em 2003, chegou a R$ 75 milhões. Em 2004, o valor foi de R$ 103 milhões e em 2005, é de R$ 39 milhões. Além do Banco do Brasil, a empresa atende também ao Ministério do Trabalho e à Eletronorte. Segundo Valério, todos os contratos datam do governo de Fernando Henrique Cardoso.