Durante o ataque os militares fizeram explodir dois tanques e dois veículos todo terreno dos terroristas. O número de terroristas eliminados não foi esclarecido
Por Redação, com Sputnik – de Beirute/Moscou:
Exército sírio, com o apoio de aviação, repeliu ataques de combatentes do Estado Islâmico no oeste e noroeste da cidade de Deir ez-Zor, disse à agência noticiosa russa RIA Novosti uma fonte informada.
– O Exército repeliu fortes ataques do EI na área da povoação de al-Bagilya e ataques contra instalações de abastecimento de água no oeste de Deir ez-Zor. A aviação realizou ataques contra locais de concentração de terroristas no oeste e noroeste de Deir ez-Zor – disse a fonte.
Segundo a fonte, antes do ataque os militares conseguiram eliminar um automóvel Hummer minado antes que o homem-bomba pudesse levá-lo até às posições das tropas governamentais.
Durante o ataque os militares fizeram explodir dois tanques e dois veículos todo terreno dos terroristas. O número de terroristas eliminados não foi esclarecido.
Operação humanitária russa
O helicóptero Mi-8 poderia ter sido abatido pelos interessados em “fazer desmoronar a operação humanitária” lançada por Moscou e Damasco em Aleppo.
Aleppo é a segunda maior cidade da Síria e tem sido devastada pelo conflito em curso, informou o jornal russo Vzglyad.
O helicóptero seguia em direção à base aérea de Hmeymim depois de cumprida sua missão em Aleppo quando foi abatido, causando a morte das cinco pessoas que seguiam a bordo. A missão fazia parte da campanha em curso que visa prestar apoio aos habitantes da cidade. Durante as últimas 24 horas, 6.500 sacos de comida, incluindo farinha, arroz, carne e peixe enlatados foram entregues na região, informou na segunda-feira o centro russo para a reconciliação síria.
Há quem duvide que o helicóptero Mi-8 realmente realizasse uma missão humanitária porque estava equipado com armas de alta tecnologia, incluindo containers lançadores e o sistema eletrônico militar Vitebsk, mas os peritos acham que esse fato não é uma surpresa.
Os containers lançadores podem ser vistos em algumas imagens supostamente tiradas no local da queda do Mi-8. O helicóptero precisava destes equipamentos para se defender e não para lançar ofensivas. Um piloto da Força Aérea, que preferiu manter o anonimato,comunicou à agência RBC que os tripulantes de helicópteros que cumprem tais missões em áreas de conflito usam sempre estas armas.
– O fato de eles realizarem uma missão humanitária não significa que eles não se possam defender – informou a fonte.
As informações da mídia também indicam que o helicóptero abatido estava equipado com o sistema eletrônico Vitebsk.
O sistema Vitebsk, desenvolvido pelo Consórcio Tecnologias Radioeletrônicas (KRET) é destinado a proteger dos mísseis uma aeronave ou helicóptero. Segundo informaramos desenvolvedores em setembro de 2015, o sistema passou por todos os testes necessários.
Contudo, Vitebsk não oferece uma proteção absoluta, disse à RBC o analista Vasily Kashin. “Mesmo que [os atacantes] usem um sistema portátil com mísseis anti-aéreos, contra o qual o Vitebsk poderia se proteger, um míssil pode acertar no alvo”, disse.
Os militares russos não deram informações sobre o que foi usado exatamente para abater o helicóptero, mas estão trabalhando com várias versões que incluem um sistema de mísseis antiaéreos portátil, uma metralhadora pesada como a DShK 1938 ou KPVT, um lançador de granadas ou artilharia antiaérea de pequeno calibre, revelou à publicação russa Gazeta.ru uma fonte próxima do comando das Forças Aeroespaciais da Rússia.
A tragédia do helicóptero Mi-8 ocorreu na província vizinha de Idlib que tem sido controlada pela coalizão Jaish al-Fatah (Exército de Conquista), que inclui Frente al-Nusra, Ahrar al-Sham e outros rebeldes sírios que estão combatendo para derrubar o presidente Bashar Assad e estabelecer um califado.
A Rússia lançou a operação humanitária em Aleppo no dia 28 de julho. Três corredores humanitários foram abertos na cidade cercada pelas forças de Damasco, mas ocupada pelos grupos radicais. Moscou prometeu fornecer comida e providenciar assistência médica aos residentes locais. Cerca de 14 toneladas de cargas humanitárias foram fornecidas nos primeiros três dias da operação.