Mais de 500 soldados japoneses podem ser enviados ao Sul do Iraque em fevereiro e março, segundo planos divulgados pela agência de notícias Kyodo. Um dos principais aliados dos Estados Unidos na Ásia, o governo japonês ainda não tomou a decisão, em um momento em que cresce a preocupação com os riscos envolvidos na operação.
O Japão chegou a aprovar uma lei especial para contornar a Constituição pacifista do país e permitir o envio de tropas para “áreas sem combate” no Iraque. Os japoneses só podem participar de trabalhos humanitários e de reconstrução do país.
Os planos ainda não definitivos divulgados pela agência de notícias prevêem o envio de uma unidade avançada de 10 membros das Forças de Defesa Aérea ao Kwait e ao Iraque no final de dezembro, seguida de aviões de carga C-130 em meados de janeiro. As tropas da Força Aérea somariam 150 pessoas.
Navios deixariam o Japão no final de janeiro transportando equipamento para as tropas de solo, que seriam 550, despachadas em quatro fases entre fevereiro e março, segundo a Kyodo.
Na quinta-feira, militares japoneses regressaram ao país depois de terem investigado as condições na cidade de Samawah, para onde seguiriam as tropas do Japão.
A morte de 19 italianos no ataque a bomba perto da cidade de Nassiriya no início do mês levou o Japão a suspender os planos originais de enviar até o final do ano tropas ao Iraque.