Torcedor argentino preso no Maracanã por racismo já liderou rebelião

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Publicado quinta-feira, 10 de agosto de 2023 as 13:49, por: CdB

De acordo com o TJ-RJ, no total quatro torcedores argentinos foram detidos em flagrante e levados ao posto do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos. Além de Alejandro, Maria Veronica Zampolini também foi presa por discriminação racial. Já Diego Esteban Gonzalez foi flagrado por discriminação racial e crime de dano. 

Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro

Alejandro Ivan Fresenga Umpierrez está entre os três argentinos presos suspeitos por racismo no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira, após partida do Fluminense com o Argentinos Juniors pela Libertadores.

Alejandro durante rebelião em presídio em 2020

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) informou ao portal Terra, os três passaram por uma audiência de custódia e vão responder ao processo em liberdade. No entanto, de acordo com a TV Globo, eles estão proibidos de deixar o país.

De acordo com o TJ-RJ, no total quatro torcedores argentinos foram detidos em flagrante e levados ao posto do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos. Além de Alejandro, Maria Veronica Zampolini também foi presa por discriminação racial. Já Diego Esteban Gonzalez foi flagrado por discriminação racial e crime de dano. 

O quarto torcedor, Ricardo Oscar Estevez foi detido por crime de dano. No Juizado, foi homologado acordo e pagamento de multa. 

Alejandro já viralizou por rebelião em presídio 

De acordo com informações do telejornal RJTV 2ª Edição, da TV Globo, em depoimento na delegacia, um policial militar relatou ter sido ofendido pelo torcedor Alejandro Fresenga com palavras como “macaquito” e gestos que imitavam um macaco. 

De acordo com o telejornal Primeiro Impacto, do SBT, Alejandro, já é conhecido na Argentina. Isso porque ele ficou “famoso” após participar de uma rebelião no presídio na Villa Devoto, em Buenos Aires, no dia 24 de abril de 2020. 

Torcida visitante

Polícia Militar informou que ocorreu uma confusão generalizada na torcida visitante, situada no Setor Norte Superior do Maracanã.

Inicialmente, houve a intervenção de seguranças do estádio, onde um dos profissionais foi agredido. Em seguida, equipes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) intervieram e uma policial também foi agredida.

De acordo com a PM, foi necessário o emprego de armamento de menor potencial letal para estabilizar o local. Dois torcedores argentinos foram detidos pelos policiais e conduzidos à Vara de Execuções Penais (VEP) do estádio. Ainda durante o tumulto, uma torcedora argentina foi presa em flagrante pelo crime de racismo.

No setor Leste superior, um torcedor foi preso acusado de ter agredido uma funcionária de um dos bares do estádio, também sendo apresentado à VEP.

Segundo reportagem da TV Globo, um segurança afirmou na delegacia que a confusão começou quando um torcedor argentino jogou um copo com liquído na torcida do Fluminense. Segundo o relato, os seguranças que vieram retirá-lo foram agredidos e um deles foi ferido no supercílio por uma lata arremessada. 

Torcedores, no entanto, relataram que após o início da confusão a Polícia Militar apareceu e reagiu com violência. Vídeos divulgados pelo RJ 2ª edição mostram um torcedor sendo agredido com cacetetes, sem apresentar reação, e outras imagens mostram a polícia disparando diversas vezes com balas de borracha. 

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