O Tesouro Nacional anunciou a contratação, nesta terça-feira, dos bancos de investimento Goldman Sachs e Merrill Lynch para liderar a emissão de bônus em dólares pelo prazo de 14 anos, ou seja, com vencimento previsto para 2019.
Será a quarta captação brasileira de recursos externos no ano. A última delas foi feita no fim de fevereiro, quando o país colocou no mercado bônus soberanos no valor de US$ 1 bilhão, vencíveis em 2015.
As divisas obtidas nessas captações se destinam ao pagamento de parcelas da dívida externa que vencem até o fim de 2005, no total de US$ 11,091 bilhões, dos quais US$ 4,974 bilhões se referem a juros da dívida e US$ 6,117 bilhões a compromissos com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O plano do governo é de captar no exterior um total de US$ 6 bilhões neste ano. Mais de 75% desse total já foi obtido, faltando menos de US$ 1,5 bilhão para chegar ao planejado.
Quanto mais o governo emite títulos, mais cresce sua dívida externa – que atualmente soma pouco menos de US$ 200 bilhões. No entanto, ao trazer dólares do exterior para pagar sua dívida, o governo também protege as reservas internacionais do Banco Central, que servem como garantia aos investidores de que o país pagará sua dívida em momentos de turbulência econômica internacional.