Termina sem acordo reunião entre governo e mulheres de PMs no ES

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Publicado sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017 as 10:21, por: CdB

Após 10 horas de reunião, que acabou no início da madrugada desta sexta-feira, as mulheres não aceitaram a proposta do governo

Por Redação, com ABr – de Vitória:

Terminou sem acordo a segunda reunião entre os secretários do governo do Espírito Santo e representantes das mulheres e das associações de classe dos policiais militares (PMs). Após 10 horas de reunião, que acabou no início da madrugada desta sexta-feira, as mulheres não aceitaram a proposta do governo. Com esse resultado, a paralisação dos PMs, que já dura sete dias, continua sem solução.

 Mulheres e familiares de policiais continuam acampadas na porta dos Batalhões da Polícia Militar
Mulheres e familiares de policiais continuam acampadas na porta dos Batalhões da Polícia Militar

O governo propôs que eventuais crimes praticados e infrações administrativas serão apurados com isenção e “sem qualquer tipo de perseguição” aos policiais. Também se comprometeu a apresentar um cronograma para concretizar as promoções previstas em lei que não tenham sido efetivadas para que todos os PMs que tenham direito sejam promovidos até o fim do ano.

As lideranças do movimento pedem a anistia aos policiais, que são proibidos pela Constituição de fazer greve, e reajuste salarial.

– Com relação à contraproposta apresentada pelo movimento das mulheres, familiares e amigos dos policiais militares. Na qual pedem ao governo 20% de reajuste imediato e 23% de reajuste escalonado. O Comitê, com base nas justificativas já apresentadas. Especialmente no que tange à obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal. Reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do pleito – diz a ata da reunião.

O Comitê Permanente de Negociação é formado pelos secretários dos Direitos Humanos. Julio Pompeu, da Casa Civil, José Carlos da Fonseca, de Controle e Transparência, Eugênio Ricas. E da Fazenda, Paulo Roberto Ferreira.

Lei

– O Estado está dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Sendo acionado pelo Tribunal de Contas com frequência. Isso nos impede legalmente de dar aumento a qualquer categoria funcional. Portanto, não podemos conceder aumento neste momento – disse o secretário de Direitos Humanos. “Com relação à anistia, não podemos transigir com relação a práticas que são criminosas”.

As manifestações começaram no dia 3 deste mês. Quando parentes de policiais, principalmente esposas, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, no município de Serra, na Grande Vitória. Bloquearam a saída de viaturas. Os protestos se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e atingem todos os quartéis do estado