"Michel Temer cometeu ontem novo ato de sincericídio, no Roda Viva. Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachment",escreveu Dilma no Twitter.
Por Redação, com Agências de Notícias - do Rio de Janeiro
O ex-presidente Michel Temer participou do programa Roda Viva, TV Cultura, na noite de segunda-feira, e surpreendeu o país ao declarar que o impeachment de Dilma Rousseff foi golpe.
- Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe - confessou Temer que ainda chamou Luiz Inácio Lula da Silva de presidente.
O peemdebista disse, também, que tentou impedir o avanço do impeachment. Temer citou um telefonema em que ele conversou com Lula.
- Eu não era adepto do golpe - afirmou Michel Temer.
A ex-presidenta Dilma Rousseff falou em ato de sincericídio de Temer. "Michel Temer cometeu ontem novo ato de sincericídio, no Roda Viva. Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachment", escreveu Dilma no Twitter.
"Temer não disse, contudo, que o Golpe de 2016 foi para enquadrar o Brasil no neoliberalismo. E, claro, Temer negou ter participado diretamente do golpe", completou a ex-presidenta.
Sobre a declaração, a deputada federal, Jandira Feghali, escreveu: "Primeiro, Janaína Paschoal. Agora, Temer. Os traidores não tem mais vergonha de NADA. Temer ter reconhecido o impeachment como GOLPE é um tapa na cara do povo brasileiro".
"Temer revelou o GOLPE contra Dilma. Ele que participou desse rasgo na democracia para assumir o Governo e chegar a 3% de aprovação. 3%? Isso mesmo, 3%", finalizou.
Gleise Hoffmann também se pronunciou sobre a participação de Temer no Roda Viva pela sua conta no Twitter. Hoffmann escreveu: "No Roda Viva, Temer confessa que impeachment contra Dilma foi golpe e que ida de Lula para o governo salvaria mandato, mas ainda finge que não foi um dos mentores. Temer acabou completando um pedaço da história, ficando evidentes o erro do STF e atuação política da Lava Jato".
Janaína Pascoal e a farsa do impeachment
No último final de semana, a advogada e deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), disse em sua conta no Twitter que as “pedaladas fiscais”, usadas como base para justificar o impeachment da ex-presidenta Dilma Housseff, foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil?”, escreveu na rede social.
O tuíte em que o golpe foi admitido compunha uma confusa sequência em que ela falava sobre combate à corrupção no governo Bolsonaro. “As fraudes contábeis foram praticadas para encobrir o rombo gerado pelos desvios! Em outras palavras: a bonança na economia, com os peculatos contínuados (sic), fica prejudicada!”, seguiu a deputada.
A parlamentar foi uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, junto com os juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo.