Segundo pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, o número dos casos de homicídio do estado de São Paulo diminuiu 18,9% de 1999 a 2003. Porém, entre os anos de 1993 e 2003, houve aumento de 50,8%. O levantamento foi feito com base em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Estado de São Paulo, houve queda de 12,1%. Já na capital paulista, a diminuição foi de 18,9% no período. A pesquisa aponta três motivos para a queda dos índices de violência no Estado: a melhoria da segurança pública, a mobilização de organizações da sociedade civil e a articulação de instituições públicas e privadas no enfrentamento da violência.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, comemorou os resultados afirmando que “São Paulo encontrou o caminho”.
– Muita gente acha que não temos um programa de ação, mas ele existe. O que não temos é um bom marketing. Parafraseando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, está faltando cacarejar um pouco – disse o secretário.
Abreu Filho se referia a programas bem-sucedidos em outras cidades do mundo e que ficara m famosos, como o Tolerância Zero, em Nova York, e a Operação Mãos Limpas, na Itália. Em São Paulo, o programa se chama Programa de Combate aos Homicídios.
Na década analisada, o número de mortes por acidente de transportes caiu 5,9% para o total da população. No que diz respeito aos suicídios, houve um leve recuo de 1,6%. Já na cidade de São Paulo, a redução foi maior: 17,7%.
O estudo apontou ainda a cidade de Barra do Turvo como sendo a mais violenta do estado. Já a capital paulista ficou na 67º posição no ranking de violência dos 645 municípios de São Paulo. O índice utilizado para esta avaliação foi a soma das taxas de homicídio, suicídio e acidentes de trânsito.