Talebã bloqueia 23 milhões de sites por conteúdo ‘imoral’ 

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Publicado sexta-feira, 26 de agosto de 2022 as 11:54, por: CdB

A chegada do Talebã ao poder provocou desordem econômica e escassez de alimentos que levaram o país à beira de uma crise humanitária. Milhares de afegãos fugiram do país desde então, temendo violações generalizadas dos direitos humanos e a privação da liberdade de mulheres e meninas no país.

Por Redação, com Sputnik – de Cabul

Na quinta-feira, o governo interino afegão anunciou o bloqueio de mais de 23 milhões de sites por exibir o que considera conteúdo imoral ao longo do ano desde que o Talebã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) assumiu o poder no país.

Talebã bloqueia 23 milhões de sites por conteúdo ‘imoral’ desde a chegada ao poder

Conforme publicou a emissora afegã TOLOnews, citando declaração do ministro das Comunicações da administração Talebã, Najibullah Haqqani, foram bloqueados 23,4 milhões de sites. A publicação não explica o que seria o conteúdo “imoral” apontado pelo regime Talebã.

Haqqani também salientou que o bloqueio em massa se dá em um cenário em que essas páginas estariam sendo mudadas com frequência. “Quando você bloqueia um site, outro estará ativo”, disse.

Críticas ao Facebook

Ainda segundo a publicação, Ahmad Masoud Latif Rai, vice-ministro das Comunicações do governo afegão, também teceu críticas ao Facebook (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) por sua relutância em cooperar com as autoridades talebãs na moderação de conteúdo.

– Eles trazem à tona a questão do reconhecimento (do governo)… e então não cooperam muito bem conosco – disse Latif Rai.

O governo afegão interino liderado pelo Talebã chegou ao poder no ano passado, após a retirada das tropas dos Estados Unidos do país e o colapso do governo local apoiado por Washington.

A chegada do Talebã ao poder provocou desordem econômica e escassez de alimentos que levaram o país à beira de uma crise humanitária. Milhares de afegãos fugiram do país desde então, temendo violações generalizadas dos direitos humanos e a privação da liberdade de mulheres e meninas no país.

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