Sumiço de prova antidoping pode dar ouro olímpico a Rodrigo Pessoa

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Publicado terça-feira, 2 de novembro de 2004 as 17:42, por: CdB

O desaparecimento da amostra B da urina do cavalo Waterford Crystal, vencedor do concurso individual de saltos da Olimpíada de Atenas, deve invalidar a vitória do conjunto irlandês e transferir a medalha de ouro ao brasileiro Rodrigo Pessoa, disse nesta terça-feira o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Camillo Aschar Júnior.

– Este é um caso inusitado que não pode acontecer em uma prova de Olimpíada e coloca em risco toda a credibilidade do sistema – disse o dirigente. – Vamos acompanhar de perto todos os detalhes deste processo e confiamos na Federação Equestre Internacional. Tem de ser feito justiça – acrescentou Aschar Júnior, acrescentando que a decisão correta será dar a medalha de ouro para Rodrigo Pessoa.

Conduzido pelo cavaleiro Cian O’Connor, Waterford Crystal ficou em primeiro lugar na prova, mas acabou tendo uma substância proibida flagrada no exame antidoping realizado em seguida.
O veterinário do cavaleiro informou que o cavalo havia sido medicado com um sedativo um mês antes dos jogos e estranhava que a substância que deveria desaparecer do organismo em no máximo duas semanas tivesse sido detectada no exame antidoping.

A Federação Equestre da Irlanda solicitou a realização da contraprova e a amostra de urina que seria analisada desapareceu do escritório da Federação Equestre Internacional, na Inglaterra. Nesta terça-feira, a entidade irlandesa aumentou ainda mais a polêmica no caso declarando que alguns documentos desapareceram do escritório em Dublin nesta madrugada e que o caso está sendo investigado pela polícia.

A CBH destacou o advogado Remy Wiler, o mesmo que garantiu a participação do Brasil na prova por equipes dos Jogos Olímpicos, para acompanhar todo o processo em Lausanne, na Suíça, onde fica a sede da Federação Internacional.