SP: manifestantes continuam detidos após protesto contra Temer

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Publicado sábado, 3 de setembro de 2016 as 15:03, por: CdB

Um grupo de oito manifestantes foi detido durante o protesto, dentre eles, quatro adolescentes. De acordo com a Polícia Militar, o grupo foi encaminhado ao 14º Distrito Policial

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

Permaneceram detidos neste sábado em São Paulo quatro manifestantes que participaram na sexta-feira à noite de protesto que pedia a saída do presidente Michel Temer. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), três rapazes estão na carceragem do 91º distrito policial (DP), na Vila Leopoldina, zona Oeste, e uma mulher no 89º DP, no Morumbi, Zona Sul.

A manifestação teve início por volta das 18 hora
A manifestação teve início por volta das 18 hora

Um grupo de oito manifestantes foi detido durante o protesto, dentre eles, quatro adolescentes. De acordo com a Polícia Militar, o grupo foi encaminhado ao 14º Distrito Policial, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste, onde foram registrados boletins de ocorrência por dano, desacato, danos qualificados ao patrimônio público e dano qualificado de grande prejuízo. Os adolescentes já foram liberados.

A manifestação teve início por volta das 18 horas no Largo da Batata, na zona Oeste. Eles protestavam pelos direitos dos negros, especialmente das mulheres negras, e pediam a saída de Temer.

Manifestação contra o presidente Michel Temer e em defesa dos direitos das mulheres e dos negros, especialmente as mulheres negras, ocorreu no Largo da Batata, Zona Oeste da capital paulista. O ato foi organizado por diversos coletivos e organizações ligados ao movimento negro.

Os manifestantes se reuniram desde as 18h de sexta-feira no local, com faixas pedindo a saída de Temer. O grupo gritou “nem recatada e nem do lar, a mulherada está na rua pra lutar”, “fora Temer” e “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”.

Representante do Núcleo Impulsor de São Paulo da Marcha de Mulheres Negras, Luka Franca, disse que o ato teve o objetivo de “denunciar o caráter racista do golpe”, dizendo que há uma série de decisões que Temer vem tomando nesse sentido, como acabar com setores do Ministério da Saúde que pensam políticas de saúde para a população negra.

Luka diz que há questões como o genocídio da juventude negra, o alto índice de violência contra as mulheres, principalmente contra as mulheres negras. “Por conta disso, achamos que era importante frisar que o golpe, para além do golpe político como ele está colocado, ele é um golpe racista”, disse Luka. “Para nós, a única saída possível para o golpe é o povo decidir. Nós não vamos aceitar um presidente imposto pela Casa Grande desse país”.