A cidade de São Paulo conhece nesta terça-feira a campeã do Grupo Especial e as três escolas que serão rebaixadas para o Grupo de Acesso. A apuração ocorre no sambódromo do Anhembi, a partir das 9h.
Neste ano, uma mudança de regra feita pela Liga das Escolas de Samba fará com que três escolas sejam rebaixadas. Antes, eram duas. Com isso, a liga pretende, até 2005, ter apenas 12 agremiações no Grupo Especial.
Essa redução melhorará a qualidade e infra-estrutura da festa, diz a entidade. Já o número de escolas que sobem ao grupo de elite continua inalterado – duas por ano.
No julgamento, um corpo de 30 jurados dá notas à parte técnica dos dez quesitos que compõe o desfile: bateria, harmonia, evolução, melodia, samba-enredo, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, alegorias, enredo e fantasia.
Para o presidente do Anhembi, Celso Marcondes, os desfiles também foram marcados pela tranqüilidade. Depois que um carnavalesco foi morto em uma briga entre blocos no Anhembi há dez dias e o policiamento foi reforçado, não foram registrados incidentes graves.
O presidente da Liga das Escolas de Samba, Robson de Oliveira, descarta a possibilidade de haver um empate neste ano. “Se permanecer a igualdade após todos os critérios de desempate, eu decidirei um novo critério na hora.”
Para a apuração, cada escola terá direito a 500 ingressos. O preço da entrada será 5 kg de alimentos não-perecíveis -excluindo sal e açúcar-, que serão doados à campanha Fome Zero.
Gaviões, Nenê da Vila Matilde e Camisa Verde e Branco são as favoritas ao título do Grupo Especial. Correm por fora Vai-Vai, Rosas e X-9.
A apuração dos desfiles das escolas do Grupo de Acesso também acontece neste terça-feira, às 15h, no Anhembi. O desfile das campeãs acontece na sexta-feira, a partir das 21h. Os ingressos – de R$ 10 a R$ 35, para arquibancada – já estão à venda no sambódromo.
Em maio, a liga definirá o calendário do Carnaval de 2004. A entidade discute com a prefeitura a possibilidade de unificar os temas dos sambas-enredo em torno do aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo.
As escolas do Grupo Especial, no entanto, condicionam a homenagem a uma boa ajuda financeira por parte da prefeitura. “Muitas escolas já têm contatos adiantados com patrocinadores. A prefeitura teria de dar um bom apoio”, disse Solon Tadeu Pereira, presidente da Vai-Vai.