Solenidade marca a desativação da Polinter-Centro

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Publicado terça-feira, 31 de janeiro de 2006 as 10:59, por: CdB

Para marcar a desativação da carceragem da Polinter-Centro, determinada pela governadora Rosinha Garotinho, foi realizada nesta terça-feira uma solenidade na Polinter, na Praça Mauá, Centro do Rio. Os secretários de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, e de Direitos Humanos, Jorge da Silva, participaram da cerimônia de encerramento do cronograma de transferências dos presos.

Nesta segunda-feira, deixaram a carceragem os últimos 165 detentos, levados para a Casa de Custódia Romeiro Neto, em Magé, na Baixada Fluminense. Portanto, a carceragem da Polinter-Centro foi esvaziada totalmente um dia antes da data estabelecida. A Polinter-Centro tinha 1.221 internos, número bem acima da sua capacidade.

Na semana passada foram transferidos 576 presos para o Presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte do Rio, e 330 para a Casa de Custódia de Magé. A unidade foi transformada em custódia masculina pela Secretaria de Administração Penitenciária. Antes, a casa de custódia de Magé era ocupada por presas, que foram transferidas para a Penitenciária Talavera Bruce e para o Presídio Nélson Hungria, no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. As que não tiveram vagas nestas duas unidades foram temporariamente alojadas nas instalações do complexo Frei Caneca, no Centro do Rio, onde funcionava o Hospital Central Fábio Soares Maciel, que foi transferido para Gericinó no último dia 17. Entre as novas instalações, o hospital tem dois centros cirúrgicos e 80 leitos.

Entre as principais medidas tomadas pelo governo para desativação da Polinter estão ainda a contratação de mais 90 inspetores de segurança penitenciária. Além da incorporação de novos inspetores penitenciários, que já começaram a ser chamados para o exame médico, o governo atendeu também a solicitação de mais recursos para aquisição de roupas de cama, uniformes para guardas e detentos, material de limpeza, armamentos, coletes à prova de bala e veículos.

Para acabar com presos em carceragens de delegaciais distritais, o governo do estado construiu, nos últimos cinco anos, 11 casas de custódia, sendo três em Gericinó e uma em Campos, na Região Norte Fluminense e  mais sete em Magé, Japeri, Itaperuna, Volta Redonda, Benfica e duas em Gericinó, com investimento total de R$ 51.825.654,06.

As 11 casas de custódia geraram 6.084 vagas no sistema prisional. O governo pretende até o fim de 2006 criar, com recursos do estado, mais 4.688 vagas com a construção de oito unidades prisionais. O governo quer ainda finalizar este ano a construção de mais três presídios, sendo dois em Japeri e um em Campos, com capacidade, cada um, para 780 presos, gerando 2.340 vagas.