Soldados britânicos lideram desfile do Dia da Bastilha em Paris

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Publicado quarta-feira, 14 de julho de 2004 as 10:26, por: CdB

Soldados britânicos lideraram pela primeira vez, nesta quarta-feira, a parada do Dia da Bastilha na avenida Champs Elysées, a fim de celebrar os cem anos da Entente Cordiale, que colocou fim às divergências coloniais entre os dois países.

Membros da guarda da rainha Elizabeth II, vestidos com uniformes vermelhos e grandes chapéus negros, marcharam à frente de cerca de 4.000 soldados pela avenida localizada no centro da capital francesa, em meio às festividades em comemoração à Revolução Francesa (1789).

Uma banda dos Fuzileiros Reais da Grã-Bretanha tocou parte do “Rule Britannia!” na Place de la Concorde, onde o rei Luís 16 e a rainha Maria Antonieta foram decapitados depois da revolução.  Nove caças da esquadrilha da fumaça da Força Aérea britânica sobrevoariam o local ao final das cerimônias.

Milhares de pessoas reuniram-se na Champs Elysées sob um céu claro para acompanhar o evento, do qual participaram mais de 300 veículos militares e cerca de cem aeronaves. Entre os soldados franceses, estavam membros da Legião Estrangeira.

Jatos da França soltaram no ar uma trilha de fumaça vermelha, azul e branca, as cores nacionais do país. O presidente francês, Jacques Chirac, observou a parada de um palanque na Place de la Concorde, ao lado de membros de seu governo.

Militares estrangeiros lideraram a parada do Dia da Bastilha no passado. Mas, pela primeira vez, os soldados britânicos foram convidados a fazê-lo a fim de celebrar o centenário da Entente Cordiale.

O acordo, assinado em 8 de abril de 1904, selou o fim das rivalidades que culminaram nas guerras napoleônicas e preparou o caminho para a aliança entre os dois países na oposição à Alemanha durante as duas grandes guerras mundiais.

O ministro de Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon, um convidado de honra da cerimônia, elogiou a cooperação militar entre a França e seu país. A ministra de Defesa da França, Michele Alliot-Marie, disse que a Entente Cordiale tinha selado “um destino comum para nossos dois povos.”