O grupo jihadista, o que é ilegal em muitos países, incluindo a Rússia, já destruiu uma parte da cidade antiga
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute:
Os grupos de assalto dos Falcões do Deserto lutam contra o grupo terrorista Estado Islâmico na parte oriental da cidade de Palmira, informou a RIA Novosti nesta quinta-feira.
– Os terroristas recuaram dos jardins que estão situados na cidade, seguíamos os seus movimentos do alto. Para baixo na cidade alguns grupos de assalto realizam uma ofensiva. À noite alguns veículos com militantes fugiram na direção de Raqqa – disse à RIA Novosti o comandante sênior do grupo de milícia.
O Exército da Síria e a milícia popular expulsaram os terroristas do complexo de hotel de Palmira. Agora os soldados do Exército sírio fazem terroristas recuar ao centro da cidade de Palmira.
Os terroristas resistem com fogo de morteiros e metralhadoras de grande calibre.
Os Falcões do Deserto são um ramo do Exército Árabe da Síria que luta do lado do governo sírio, constituída na maioria por ex-oficiais do Exército sírio, além de veteranos e voluntários.
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. O governo do país luta contra um número de fações de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra.
Palmira tem estado sob controle do Estado Islâmico desde maio de 2015. O grupo jihadista, o que é ilegal em muitos países, incluindo a Rússia, já destruiu uma parte da cidade antiga, que é Património Mundial da UNESCO.
Ataques aéreos
Cerca de 400 civis foram mortos na Síria por ataques aéreos dos EUA e seus aliados da coalizão internacional contra o Daesh (Estado Islâmico) e outros grupos terroristas.
O organização destacou que a quantidade total de vítimas (incluindo de não-civis) foi de 4.643 pessoas desde que a coalizão liderada pelos Estados Unidos iniciou os ataques aéreos na Síria em setembro de 2014. Na ocasião, o presidente norte-americano Barack Obama descreveu a operação com o objetivo de “desintegrar e derrotar” o EI no Iraque e na Síria.A organização criticou a coalizão, classificando a campanha de ataques aéreos como “um massacre” e exigiu que as áreas civis sejam isentas “de todos os tipos de operações militares, onde as vítimas destas operações são os civis sírios”.
Mas mesmo os dados do Observatório Sírio podem ser uma estimativa. De acordo com Airwars, um coletivo de investigação que monitora os ataques aéreos na Síria e no Iraque, pelo menos 1.044 civis foram mortos desde o início da intervenção, 519 destes teriam sido atingidos somente pela coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria.Falando à VICE News, um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA diz que dados sobre mortes de civis resultantes de operações americanas é sempre revistos.