Armado com um novo endosso da Casa Branca a seu plano de retirada de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, prometeu nesta quarta-feira pressionar ministros rebeldes e desmantelar todos os assentamentos no território até 2005.
Sharon enfrenta uma crise política que pode levar ao fim de seu governo. Ele precisa conquistar aprovação do gabinete no domingo para a iniciativa, apoiada pela maioria dos israelenses, de ceder território capturado durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Para isso ele terá que enfrentar os ministros que se opõem ao plano, como o influente Benjamin Netanyahu, das Finanças. Ele rejeita a medida, assim como outros membros do partido Likud, classificando-a como uma vitória para o “terror palestino”.
“O plano vai passar no domingo”, disse Sharon a repórteres depois de uma sessão do comitê de segurança parlamentar. Ele afirmou na reunião que os 21 assentamentos da Faixa de Gaza e quatro dos 120 da Cisjordânia seriam esvaziados até o final de 2005.
No domingo passado, Sharon não conseguiu garantir votos suficientes para o plano e a votação foi adiada. Os EUA disseram que o presidente George W. Bush só irá apoiar uma retirada total de Gaza e não uma versão mais branda da medida, como sugeriram alguns ministros.