Servidor faz manifestação na Esplanada dos Ministérios por melhores salários

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Publicado segunda-feira, 10 de maio de 2004 as 15:20, por: CdB

Cerca de 100 pessoas participaram hoje de manhã, na Esplanada dos Ministérios, da primeira manifestação dos servidores públicos federais por melhores salários. O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF), e começou por volta das 11 horas, no chamado “espaço do servidor”, uma tenda entre os ministérios da Agricultura e do Planejamento.

A participação dos servidores ficou aquém da expectativa dos organizadores, que acreditavam, na semana passada, que hoje seria o primeiro dia de uma grande manifestação.

Os funcionários do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já estavam em greve e hoje pela manhã mais duas categorias cruzaram os braços: os funcionários administrativos da Advocacia Geral da União (AGU) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Segundo o presidente da Associação dos Servidores da AGU, João Araújo Neto, cerca de 65% dos funcionários do órgão em todo o Brasil estão de braços cruzados.

Os servidores públicos federais querem um reajuste salarial imediato de 50,19% e a incorporação das Gratificações de Produtividade e de Atividade do Executivo. Além disso, eles reivindicam piso salarial de R$ 1.440,00 e a correção das distorções do Plano de Classificação de Cargos do servidor público. O governo propõe apenas um reajuste diferenciado para as gratificações, variando entre 12,85% e 32,27%. Os manifestantes repudiaram esta proposta. Outro ponto que os servidores não aceitaram foi o prazo dado pelo governo para assinatura do acordo, ou seja, 21 deste mês.

Os servidores em greve aprovaram ações junto a outros órgãos para adesão à greve geral até o final desta semana. Depois da assembléia, os manifestantes fizeram uma caminhada até o ministério do Planejamento, onde gritaram palavras de ordem contra o FMI e contra os ministros da fazenda, Antonio Palocci, do Planejamento, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.