O diretor da contra-espionagem francesa (DST), Pierre de Bousquet de Florian, advertiu que o risco de atentados terroristas perpetrados por fundamentalistas islâmicos persiste na França, onde “várias” ações foram impedidas.
De Bousquet se referiu concretamente à detenção de “um camicase que iria explodir um caminhão carregado de explosivos contra a embaixada dos Estados Unidos em Paris em 2001” e a um grupo de fundamentalistas, detidos em La Courneuve e Romainville (arredores da capital francesa), desmantelado em 2002.
Este último “se dispunha a cometer um atentado, provavelmente químico, contra a legação russa em Paris”, precisou De Bousquet em uma entrevista publicada nesta quinta-feira, pelo semanário L’Express.
Desde setembro de 2001, a DST deteve 120 fundamentalistas islâmicos na França, dos quais uns 60 se encontram na prisão, informou o chefe da contra-espionagem francesa.
De Bousquet destacou que, embora não esteja na primeira linha como Estados Unidos, Israel, Reino Unido e seus “aliados da Liberdade para o Iraque”, a França está incluída no ódio dos islamistas e de seus “cruzados” contra o Ocidente.
Nesse sentido, detalhou as três ameaças que convergem contra a França: o incremento do salafismo, que tem grande aceitação entre as novas gerações, os grupos terroristas do Magrebe, especialmente os argelinos, e a crise no Iraque.