Semana da Mulher movimenta o Plenário do Congresso

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Publicado domingo, 5 de março de 2006 as 11:00, por: CdB

O Congresso Nacional realizará, esta semana, uma série de homenagens para lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Na Câmara dos Deputados, na próxima quarta-feira o Plenário será totalmente voltado para a discussão dos problemas da mulher. Na quinta, a partir das 10h, o Congresso realizará sessão solene para comemorar a data e entregar o Prêmio Bertha Lutz a cinco mulheres que se destacaram na luta em defesa dos direitos femininos em todo o país.

Serão homenageadas Raimunda Putani, pajé do grupo indígena Yawanawa; Elizabeth Teixeira, dirigente camponesa e viúva de João Pedro Teixeira, fundador e líder da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba; Geraldina Pereira, que teve o marido, o sindicalista rural João Canuto, e dois de seus filhos assassinados em razão de conflitos no campo; a economista e pedagoga Jupyra Ghedini, que tem um trabalho reconhecido junto a organizações não-governamentais de caráter educativo e Rosmary Corrêa, deputada estadual em São Paulo, que criou e foi titular da primeira delegacia de polícia de defesa da mulher.

O Conselho Mulher Cidadã Bertha Lutz do Senado Federal selecionou as cinco mulheres de um conjunto de 54 indicações feitas por diferentes entidades de todo o Brasil. O prêmio é concedido a mulheres que se destacaram na defesa da cidadania e dos direitos humanos e políticos das brasileiras. “É uma honra para a gente ser representadas por mulheres de tantas lutas como essas cinco que serão homenageadas”, disse a presidente do Conselho Mulher-Cidadã Bertha Lutz, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

A Câmara dos Deputados também vai entregar o diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós a outras cinco mulheres de destaque em diversas áreas. As homenageadas são a ex-deputada Janete Capiberibe, a cantora Daniela Mercury, a médica Albertina Takiuti, a religiosa Irma Dolores e a ativista política na área de direitos humanos Iramaya Benjamim.

O diploma é uma homenagem à primeira deputada brasileira, Carlota Pereira de Queirós (1892-1982). Médica, ela foi eleita por São Paulo em 1933, no governo de Gertúlio Vargas. Permaneceu no cargo até 1937, quando foi instaurado o Estado Novo (1937-1945).

O Dia Internacional da Mulher foi instituido em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data escolhida é uma homenagem à memória das 129 mulheres americanas que morreram carbonizadas em um incêndio em 1857. O fato ocorreu em uma fábrica têxtil, quando as operárias faziam greve por melhores condições de trabalho.