Seis pessoas morrem em mais um dia de violência no Iraque

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Publicado quinta-feira, 5 de agosto de 2004 as 10:54, por: CdB

Guerrilheiros detonaram um carro-bomba e dispararam contra uma delegacia de polícia de Mahawil, uma cidade ao sul de Bagdá, nesta quinta-feira, matando pelo menos seis pessoas e ferindo outras 24, informaram autoridades do governo iraquiano.

O porta-voz do Ministério do Interior Sabah Kadhim disse que, antes da explosão, três homens armados dispararam contra o posto policial e fugiram. Só então uma bomba em um microônibus explodiu em frente à delegacia. Segundo o Ministério da Saúde, o número de vítimas pode aumentar.

Kadhim disse que dois policiais foram mortos a tiros na quinta-feira na cidade de Musayyib, perto de Mahawil. A polícia e a Guarda Nacional Iraquiana são alvos frequentes de ataques de guerrilheiros, que se opõem ao governo apoiado pelos EUA e à presença das tropas lideradas pelos EUA no Iraque. Nesta quarta-feira, guerrilheiros enfrentaram a polícia nas ruas de Mosul, no norte do país, depois de atacar uma delegacia, uma usina de energia e um hospital.

Segundo um comunicado divulgado pelo Exército dos EUA, oito rebeldes e mais de 14 civis foram mortos durante as três horas de confrontos. Outras 31 pessoas ficaram feridas.
No domingo passado, um carro-bomba detonado por um suicida na frente de um posto da polícia em Mosul matou cinco pessoas. 

Combatentes leais a Moqtada al-Sadr derrubaram um helicóptero dos EUA na quinta-feira, em um combate na cidade de Najaf. Segundo moradores de Najaf, marines norte-americanos e policiais iraquianos apoiados por helicópteros combatiam membros do Exército Mehdi, de Sadr. Um porta-voz militar disse que a tripulação ficou ferida e foi retirada do local.

Essa foi a pior luta em Najaf desde a rebelião de Sadr em abril e maio. A cidade abriga os santuários mais sagrados do Islã xiita, e a maioria dos xiitas iraquianos reage com horror quando os combates são travados perto dos locais sagrados. O Ministério da Saúde iraquiano disse que pelo menos duas pessoas morreram nos combates, e que oito ficaram feridas.

Não havia informações sobre o destino de três indianos, três quenianos e um egípcio que continuam reféns no Iraque. Os sequestradores ameaçaram decapitá-los caso a empresa em que trabalham não saia do Iraque e não pague indenização para vítimas dos ataques dos EUA em Falluja. A empresa pediu a retomada das negociações mediadas por um líder tribal, mas o rebeldes disseram que a firma não está levando a ameaça a sério.